FRAUDE À COTA DE GÊNERO MUDA COMPOSIÇÃO DA CÂMARA E TIRA MANDATO DE VEREADOR ELEITO NO ESPÍRITO SANTO

A retotalização dos votos para vereador de Castelo, no Sul do Espírito Santo, realizada pela Justiça Eleitoral na última terça-feira (17), alterou a configuração da Câmara Municipal. A mudança ocorreu após o desarquivamento de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que apurava fraude à cota de gênero nas eleições de 2024.

A decisão, proferida em 26 de maio pelo juiz da 3ª Zona Eleitoral de Castelo, Joaquim Ricardo Camatta Moreira, anulou os votos recebidos pela federação Brasil da Esperança (formada por PT, PV e PCdoB), sob suspeita de uso de candidaturas femininas fictícias. Segundo o processo, o Ministério Público Eleitoral identificou indícios de fraude com base nas votações inexpressivas de duas candidatas do Partido Verde, aliadas à ausência de campanha ativa.

Com a recontagem, o vereador Agnaldo Massafra (PSB), conhecido como Gasolina, perdeu o mandato e passou à condição de suplente, mesmo tendo recebido 567 votos. A vaga foi assumida por Márcia Pedruzzi (PSD), que obteve 724 votos e foi eleita por média após a nova totalização.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já atualizou os dados oficiais, refletindo a mudança. Márcia Pedruzzi aparece como eleita, enquanto Agnaldo Massafra consta agora como suplente.

O presidente do PSB em Castelo, Marcelo Zanúncio Gonçalves, informou que o partido busca apoio jurídico junto ao diretório estadual com o objetivo de recorrer da decisão. Ele afirmou que a sigla não tem relação com as irregularidades investigadas e classificou a perda do mandato como uma situação difícil. Já o presidente estadual do PV, Fabrício Machado, disse que ainda não foi notificado oficialmente sobre o caso.

ES Hoje