O ministro da Educação, Mendonça Filho, inaugurou, na manhã desta segunda-feira (22/01), o edifício Professor Gilberto Paes Rangel, no campus Campos Centro, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFFluminense), em Campos dos Goytacazes, interior do estado do Rio de Janeiro. Os recursos da obra, iniciada em 2010 e finalizada em setembro de 2017, totalizaram R$ 11,7 milhões.
Mendonça Filho falou sobre a importância de investimentos dessa natureza para a melhoria da educação no país. “A educação é a raiz transformadora de qualquer sociedade”, destacou. “Eu qualifico a educação técnica como algo muito especial e relevante para o Brasil, e essa unidade de Campos dos Goytacazes é uma das mais importantes. Poder participar do ato de entrega da obra, com esse prédio de oito andares, reafirma o nosso compromisso de prestigio e valorização dos institutos e toda a rede de educação técnica do MEC”.
Para o reitor da IFFluminense, Jefferson Manhães de Azevedo, o prédio vai permitir que o campus se reordene na questão de espaço para oferecer educação de qualidade aos alunos. “Essa vai ser vai ser uma das poucas instituições onde a escola de aplicação está dentro da faculdade de formação de professores, o que traz um potencial transformador muito grande”, explicou o reitor.
Homenagem – Filho do professor que dá nome ao prédio, João Rangel esteve presente ao evento e comentou a homenagem: “Ao dar seu nome a esse edifício de salas e laboratórios do curso superior, o IFFluminense honra a memória de quem sempre honrou essa casa. Meu pai foi tão apaixonado pela escola que, já nos últimos anos de vida, quando decidiu mudar-se para um apartamento, escolheu um de onde pudesse avistá-la. Era como música alimentando o ritmo do coração”.
O prefeito de Campos dos Goytacazes, Rafael Diniz, ressaltou a importância do IFFluminense para a região: “O município de Campos deve muito ao IFFluminense. Entendemos que a transformação que sonhamos para nossa cidade passa pela parceria com o instituto”.
Em dezembro do ano passado, o MEC, por meio de uma transferência eletrônica disponível (TED), descentralizou R$ 1 milhão para mobiliar e equipar parcialmente o novo prédio, operação que demandou o emprego de R$ 820.539,00.
Espaços utilizados – Quando totalmente equipado e em pleno funcionamento, o edifício, de oito pavimentos e área construída de 10 mil m², contará com diversos ambientes. No térreo, haverá um refeitório estudantil com 252 assentos e uma cozinha industrial, com capacidade para fornecimento de até três mil refeições/turno, ampliando a oferta atual de alimentação aos alunos.
Já no primeiro pavimento, o destaque será a ampliação da atual biblioteca, que terá mais do que o dobro do tamanho atual. Do segundo ao quarto pavimento, as instalações serão ocupadas pelos cursos de matemática, física, química, biologia, geografia, letras, educação física e teatro – com três pequenos auditórios, cada um com capacidade para 50 pessoas –, 20 salas de aula, oito laboratórios, 16 salas administrativas e seis banheiros.
O quinto andar será utilizado pelo curso superior de tecnologia em design gráfico, com um auditório para 50 pessoas, sete salas de aula, três laboratórios, quatro salas administrativas e dois banheiros. Já o sexto andar abrigará o curso de arquitetura e urbanismo, com sete salas de aula, quatro laboratórios, cinco salas administrativas e dois banheiros.
No sétimo andar ficarão os cursos de pós-graduação: educação ambiental; docência no século XXI; análise e gestão de sistemas de informação; gestão, design e marketing; literatura, memória cultural e sociedade. Também ocuparão o espaço os mestrados profissionais: ensino de física; engenharia ambiental; sistemas aplicados às engenharias e gestão, com um auditório para 50 pessoas, três salas de aula, um laboratório, 18 salas administrativas e dois banheiros. No espaço da cobertura – oitavo pavimento –, plenamente acessível por escadas e elevadores, está prevista a instalação de um clube de astronomia e um planetário.
Centro de Artes – Na ocasião, o ministro Mendonça Filho participou da cerimônia de descerramento aa placa do Centro de Artes Anoeli Maciel (Cenacam), em homenagem ao maestro Anoeli Maciel, servidor da antiga Escola Técnica Federal. Foram investidos cerca de R$ 860 mil para efetivação do projeto. O local é um espaço dedicado às artes, especialmente ao curso de teatro, em apoio à licenciatura em teatro ofertada pelo campus, além de música e dança.
Para a construção do Cenacam, foi feita adaptação de espaço existente em uma das extremidades do ginásio de esportes construído na década de 1970, edificando-se três pavimentos compostos por um anfiteatro, sala para ensaios e multiuso, seis salas temáticas, além de espaços administrativos e de uso comum, com aproximadamente 600 m² de área construída.
O prédio é acessível por rampa, escadas e elevadores. A construção começou em 2014, com a conclusão das obras em 2016. Foram investidos cerca de R$ 860 mil para efetivação do projeto.
Campos Centro – O campus Campos Centro tem história. O prédio abrigava a antiga Escola Técnica Federal de Campos, que, em 1999, foi transformada no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) Campos em 1999 e, em 2008, deu origem ao IFFluminense. O espaço, hoje, concentra aproximadamente a metade das matrículas ativas do IFFluminense, com 6.647 matrículas distribuídas nos níveis médio, superior, aperfeiçoamento e pós-graduação.
Ururau