Um abaixo-assinado virtual, de iniciativa popular, que já conta com cinco mil assinaturas, conseguiu sensibilizar autoridades em relação à recente rotina de assaltos sofridos por motoristas que trafegam, em horário comercial, pela RJ 158 (Campos-São Fidélis). Criminosos agem quando os condutores reduzem a velocidade nos quebra-molas localizados nas proximidades do Centro de Socioeducação Professora Marlene Henrique Alves (Cense), administrado pelo Novo Degase, perto da localidade de Itereré. A retirada dos redutores, já confirmada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro (DER-RJ), começa na próxima segunda-feira (29).
A informação foi divulgada pelo vereador de São Fidélis Higor Porto. De acordo com ele, todos os quebra-molas serão removidos. “Haverá a implantação de um radar inteligente no local. Esse abaixo-assinado foi de inciativa de cidadãos que usam a RJ, e eu apenas intermediei a retirada dos redutores junto ao DER, que será feita por equipe da ROC (Residência de Obras e Conservação), começando às 7h30 de segunda”, contou.
A Folha, por meio do blog Ponto de Vista, relatou o assalto praticado no dia 1º de julho, na altura de Itereré. A vítima foi a fotógrafa niteroiense Lúcia Alonso, de 38 anos. O carro dela foi interceptado por outro veículo, com dois ocupantes. Um deles, armado, passou para o carona do carro da fotógrafa, que foi obrigada a dirigir por mais de 30 quilômetros sob a mira da arma. O aumento da incidência do crime na RJ estaria sendo verificado desde 2016, quando o DER-RJ instalou vários quebra-molas no trecho, e, inclusive, conforme relatado no abaixo-assinado, não estão devidamente sinalizados (sem sinalização horizontal, com as placas de redução escondidas atrás de árvores e matagais e, ainda, em desacordo com a velocidade máxima sinalizada na via e com a resolução 600/2016 do Contran).
O vereador confirma que os bandidos agem em horário comercial. “São Fidélis é dependente de Campos, não só pela questão do comércio, mas de trabalho. Muitos moradores daqui trabalham em Campos e muitos campistas trabalham em nosso município, utilizando a RJ 158 diariamente. Os assaltos ocorrem durante o dia, à mão armada. Às vezes, a pessoa fica com a arma junto ao quebra-molas, obrigando o motorista a parar o carro, assim como aconteceu semana passada, com três funcionários da Cedae. Por isso, a remoção desses redutores se faz necessária”, concluiu Higor Porto.
Folha1