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sábado, 28 de junho de 2025

ESTUDANTE DA UENF/CEDERJ POLO DE BOM JESUS E FILHA DE SANTO EDUARDO, CONQUISTA PRÊMIO NACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

A trajetória de Luciele de Léo Cardozo, natural do distrito de Santo Eduardo, em Campos dos Goytacazes, é daquelas que emocionam e inspiram. Aos 26 anos, ela se tornou a primeira estudante da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) a receber o Prêmio Destaque de Iniciação Científica e Tecnológica do CNPq, na categoria Bolsista de Iniciação Científica – área de Ciências da Vida. A cerimônia de premiação acontece no dia 15 de julho, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Recife.
Moradora de Santo Eduardo, Luciele trilhou um caminho marcado por desafios e superações. “Venho de uma família humilde, sou a primeira mulher da minha família a entrar e se formar em uma universidade. Viver tudo isso é uma experiência única”, declarou, emocionada. Ela dedicou o prêmio à mãe, Maria Lúcia, à avó de 92 anos, Dona Zelina, e a todos os familiares que sempre a apoiaram, mesmo sem terem tido acesso ao ensino superior.
Luciele cursou Ciências Biológicas na Uenf/Cederj, no polo de Bom Jesus do Itabapoana, entre 2019 e 2024, e desenvolveu sua pesquisa na área de bioinformática, estudando moléculas de RNA na cana-de-açúcar. Desde 2022, é bolsista de Iniciação Científica do CNPq e segue agora como mestranda no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal da Uenf.
Sua orientadora, a professora Clicia Grativol, celebrou o reconhecimento. “Sinto-me honrada de orientar Luciele em sua trajetória como cientista. Trabalhamos juntas desde 2020. A trajetória dela inspira outros estudantes a acreditarem na educação.”
A conquista ganha ainda mais significado por acontecer no ano em que a Uenf celebra 30 anos do seu Programa de Iniciação Científica, um dos mais respeitados do país. Com apoio da FAPERJ, o programa tem sido responsável por revelar talentos como Luciele, com bolsas, infraestrutura e incentivo à formação científica desde a graduação.
Luciele também agradeceu à Uenf pela acolhida e apoio em momentos difíceis, como durante a enchente que atingiu Santo Eduardo em 2024. “Fiquei uma semana isolada e sem alimentos. A universidade me deu todo apoio. Foi um ato de humanidade”, relembrou.
A presidente da FAPERJ, Caroline Alves, reforçou a importância de políticas públicas estruturadas para a formação científica. “Esse prêmio representa o que a ciência fluminense tem de melhor: talentos que florescem quando há investimento e orientação qualificada.”
Já a reitora da Uenf, Rosana Rodrigues, destacou o caráter simbólico da conquista: “Essa vitória é mais do que um reconhecimento individual: é a celebração de uma trajetória construída com seriedade, dedicação e excelência.”
O orgulho da comunidade acadêmica da Uenf se estende a todo o município de Bom Jesus do Itabapoana, que vê em Luciele um exemplo vivo de que o talento e a determinação podem romper barreiras sociais e geográficas.

Redação News BJI

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