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A Rodovia BR-101, no trecho que compreende o território do Estado do Rio de Janeiro deverá ter o nome de Nilo Peçanha, o campista que se tornou presidente da República no inicio do século passado. Projeto de lei de autoria do deputado federal Paulo Feijó (PR) acaba de ser aprovado, por unanimidade, pela Comissão de Cultura de Câmara dos Deputados com a nova denominação do trecho.
O deputado Otavio Leite (PSDB) foi o relator do projeto favorável à proposição de Feijó, aprovada também pela Comissão de Viação e Transportes. Agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para apreciação da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Uma vez aprovado na CCJ, o projeto segue para apreciação e votação no Senado.
De acordo com Paulo Feijó, novo presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, “trata-se de uma justa homenagem, em reconhecimento à trajetória política de Nilo Peçanha, de tantas lutas e conquistas. Nilo é um campista de grande importância para a História do Brasil”, ressaltou.
Atualmente, a estrada chama-se Rodovia Mário Covas, que foi deputado, senador e governador pelo Estado de São Paulo.
QUEM FOI NILO PEÇANHA – Nilo Procópio Peçanha foi presidente da República entre 1909 a 1910, completando o mandado de Afonso Pena. Advogado, nasceu em Campos, no ano de 1867. Foi também presidente (era como se chamava o governador) do Estado do Rio de Janeiro.
Embora seu mandato tenha se dado em um espaço tão curto, Nilo foi responsável, entre outras coisas, pela criação do Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria e do o Serviço de Proteção ao Índio, sob a direção do tenente-coronel Cândido Rondon.
Sua gestão também deu impulso ao ensino técnico profissional, com a criação das primeiras escolas técnicas do país, incluindo a Escola de Aprendizes e Artífices de Campos, que depois passou a se chamar Escola Técnica Federal, depois Cefet e, posteriormente, IFF (Instituto Federal Fluminense).
Depois de completar o período de Afonso Pena na presidência, Nilo Peçanha foi eleito senador pelo Estado do Rio de Janeiro, em 1912, estado no qual tornou-se mais uma vez presidente entre 1914 e 1917.
Em 1917, exerce o cargo de ministro das Relações Exteriores no governo de Delfim Moreira. Em 1921, concorreu à presidência da República, sendo vencido por Arthur Bernardes. Depois, foi eleito mais uma vez senador pelo Rio de Janeiro, falecendo em 1924. Hoje, é reconhecido como o primeiro presidente mulato do Brasil.
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