A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (17), mandado de prisão preventiva contra o chefe de gabinete do deputado estadual Almir Vieira (PRP).
A prisão faz parte da Operação Maçarico, que investiga uma organização criminosa que desviou R$ 1.428.938,57 da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo (AFPES).
Segundo a Polícia Federal, do total desviado, estima-se que cerca de R$ 252.700,00 foram destinados ao financiamento da campanha do deputado estadual nas Eleições de 2014.
O valor representa 56,88% do total arrecadado para promover sua candidatura naquele ano. Almir Vieira é presidente do Conselho Executivo do Hospital da AFPES
A Polícia Federal realiza a operação em conjunto com a Procuradoria Regional Eleitoral no Espírito Santo. A organização criminosa utilizava empresas de fachada e dados de terceiros para realizar os desvios. Além do mandado de prisão, foram cumpridos seis mandados de buscas domiciliares.
Entre os crimes praticados pelos investigados estão: organização criminosa, falsidade ideológica e material eleitoral, falsificação de recibo eleitoral, falsidade da prestação de contas, peculato, lavagem de capitais e embaraço à investigação de organização criminosa.
Se condenados pelos crimes, os investigados podem pegar uma pena total de 30 anos de prisão e o deputado estadual pode perder seu cargo eletivo.
Além de Almir Vieira, a Procuradoria Regional Eleitoral denunciou outras seis pessoas, entre funcionários da associação e do gabinete do deputado. De acordo com a procuradoria, "os investigados se organizaram de forma criminosa com a finalidade de praticar crimes de peculato e desvio de dinheiro dos cofres da Associação".
Para cometer o crime, foram utilizadas notas fiscais falsificadas, referentes a serviços que nunca foram realizados no hospital para justificar a saída dos valores das contas da instituição.
A Gazeta/Foto: Fernando Madeira