Willian vai ser indiciado por cinco homicídios ocorridos em Cachoeiro desde 2016. Ele também é suspeito de participação em mais duas mortes no município.
Um associado do Primeiro Comando da Capital (PCC) com uma extensa ficha criminal, foi preso numa operação conjunta entre policiais da Delegacia de Crimes Contra Vida (DCCV) de Cachoeiro, Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (NUROC) do Espírito Santo e da 8ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpim) de Teixeira de Freitas (BA), na manhã do último sábado (18), em Itabatã, distrito de Mucuri, na Bahia.
Willian de Moura Campos, de 26 anos, conhecido como Pica-Pau, era um dos principais nomes do PCC, uma organização criminosa que atua dentro e fora de presídios do País. No Espírito Santo ele tinha o número de matrícula 14.337 na facção e atuava na movimentação do tráfico de drogas dos bairros Independência, Nossa Senhora Aparecida e Village, em Cachoeiro e diversos municípios capixabas.
Willian vai ser indiciado por cinco homicídios ocorridos em Cachoeiro desde 2016. Ele também é suspeito de participação em mais duas mortes no município. De acordo com as investigações, Pica-pau costumava chegar a casa dos alvos se apresentando como policial, em seguida ele executava as vítimas.
Equipes da Polícia Civil chegaram a cidade na noite de sexta-feira (17) e na manhã de sábado (18) conseguiram prender o investigado que, no momento da prisão, estava em casa com a mulher, onde morava há cerca de cinco meses, no Centro de Itabatã.
"Realizamos a prisão de um importante membro do PCC, facção paulista que vem procurando se expandir e se instalar no estado do Espírito Santo. Ele é um homicida que nós investigávamos desde 2016 e bastante perigoso. Willian é uma referência nacional do PCC. Tivemos muito sacrifício para fazer essa prisão porquê o alvo não parava no Espírito Santo. A gente precisou pedir ajuda à delegacias com disponibilidade para percorrer o País todo. E é só o começo da guerra contra o crime organizado", disse o delegado titular da Delegacia de Crimes Contra Vida (DCCV) de Cachoeiro, Guilherme Eugênio.
De acordo com o delegado, uma negociação que durou cerca de cinco horas precisou ser feita para que Willian fosse encaminhado a uma unidade prisional de segurança máxima do Espírito Santo, para evitar contato com integrantes da mesma facção que possuem acesso e, mesmo presos, comandam crimes de dentro dos presídios.
Os membros da organização criminosa querem diminuir o rigor nas unidades prisionais e criar regalias para os detentos, já que os presídios de segurança máxima do Espírito Santo possuem mais rigor do que as unidades de outros estados. De acordo com a DCCV, cerca de 70% do Estado já é comandado pelo PCC.
Redação Folha do ES