Foto/Paulo S
Pinheiro/Divulgação
O avanço do mar em Atafona volta a assustar. Desta vez, está sob ameaça a casa de Sônia Ferreira, local que se tornou referência no distrito sanjoanense há muitos anos e chegou a ser palco de grandes festas como o “Atafolia”. A água do mar já bate bem próximo ao muro da residência, que fica ao lado dos escombros do antigo prédio do Julinho, outro referencial do litoral de São João da Barra — derrubado pela revolta do oceano há 10 anos. Desde a década de 1950 já existiam movimentos por uma obra de contenção do avanço do mar em Atafona. A cobrança foi intensificada nos últimos anos, após o Instituto Nacional de Pesquisa Hidrográficas (INPH) atestar a viabilidade da contenção, mas nada de efetivo foi feito até o momento.
Sônia Ferreira já afirmou diversas vezes que não tem dúvidas que os escombros do prédio do Julinho acabaram se tornando uma forma de “proteção” da sua casa. Atualmente, ela faz suas orações de frente para o mar, mas quando construiu a casa, nos anos 1980, além do Julinho ainda tinha de passar por muitas ruas, entre elas a avenida Atlântica, até chegar à beira mar. Ontem, a Folha tentou contato com Sônia, por telefone, mas não obteve êxito.
Folha 1