Em junho de 2019, o custo de um gabinete dos deputados estaduais alcançou a margem de R$110 mil reais em gastos com assessores. A informação é do Jornal A Gazeta. Cada parlamentar tem entre 10 e 19 servidores que servem para ajudar a atender à população.
R$ 2 milhões
Os deputados tem como média de custo de cada equipe parlamentar, em torno de R$ 81,8 mil reais. Ao todo, segundo A Gazeta, eles gastaram juntos R$ 2,45 milhões de reais para custear os gastos com 505 funcionários.
Primeiro lugar
A campeã da despesa foi a deputada Raquel Lessa (Pros) que gastou R$110 mil reais com seus 16 assessores, seguida pela deputada Janete de Sá (PMN) que pagou 18 assessores com R$107 mil reais. Carlos Von (Avante) gastou R$ 75. 093,33 para custear seus 17 assessores. O deputado que mais economizou dinheiro público foi Lorenzo Pazolini (sem partido) que gastou R$ 42,1 mil reais, seguido por Sérgio Majeski (PSB) com R$61,1 mil, ambos para custear 10 assessores.
Transparência
Os dados disponibilizados pelo Gazeta Online tem por base as informações de cada servidor apuradas no Portal da Transparência da Assembleia Legislativa. A soma dos valores considerou o salário bruto de cada servidor, incluindo salário e benefícios adicionais, como auxílio alimentação de R$1.115,00.
Salários
De acordo com informações de A Gazeta, os 30 deputados estaduais tinham em junho, 483 funcionários, chegou-se ao número de 505, pois muitos estavam de saída, tendo sido pagos salários e rescisões. Os cargos e salários do gabinete são sete: Adjunto (R$ 1.371,56), Assistente (R$ 2.468,81), Técnico Júnior (R$ 4.283,63), Técnico Sênior (R$ 6.313,34), Subcoordenador (R$ 7.214,82), Coordenador-geral (R$ 7.936,31) e Supervisor-Geral (R$ 9.694,92).
Assessores
Ainda segundo informações apuradas por A Gazeta, três deputados possuem 19 assessores, cinco deputados possuem 18 assessores, oito deputados têm 17 assessores, cinco parlamentares possuem 16 assessores, três deputados possuem 15 assessores, há três deputados com 14 assessores, um deputado com 13 assessores e dois com 10 assessores.
Processo seletivo
A regra para contratação prevista atualmente é que os sete cargos possuem cada um uma pontuação. Dessa forma, cada deputado pode distribuir livremente os cargos até a soma de 100 pontos. Alguns preferem contratar mais pessoas a salários mais baixos, outros contratam menos profissionais a custos mais altos, desde que sejam mais qualificados, como é o caso do deputado Sérgio Majeski que fez processo seletivo para a contratação de seus assessores. “Todos têm curso superior, dois têm mestrado e desenvolvem um bom trabalho. Não se consegue bons profissionais a baixo custo. E não utilizo o cargo mais caro”, afirmou o deputado.
Atividade externa
Em alguns gabinetes, os assessores não estão na casa, não havendo nenhum tipo de controle quanto ao comparecimento para o trabalho. Isso se dá em função de uma norma alterada pelos próprios deputados que possibilitou aos assessores o cumprimento de atividade externa nas bases eleitorais, sem obrigatoriedade de atestar o cumprimento do serviço ou controlar a frequência.
Segundo o jornal A Gazeta, os deputados defendem que o gasto com assessores é de fundamental importância para que eles possam desenvolver as ações do mandato em contato com a população de todo o estado.
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