Foto:Eliane Carvalho
A garantia do pagamento do décimo terceiro salário de 2019 até o dia 20 de dezembro foi repetida diversas vezes pelo governador Wilson Witzel, e também pelo secretário de Fazenda, Luiz Cláudio Carvalho. Agora, Witzel anunciou uma novidade para o funcionalismo público estadual: pretende quitar o abono de Natal em 1º de dezembro. A declaração foi dada na sexta-feira (27) durante evento no Museu do Amanhã, na Praça Mauá.
"Fique tranquilo", disse ele à plateia e referindo-se ao servidor público. "O décimo terceiro está garantido, quero pagar no primeiro dia de dezembro, que já é para todo mundo gastar o dinheiro. Não se apegue. Gaste o seu dinheiro, aproveite a vida que certamente nós estamos no caminho certo", brincou o governador.
O chefe da Fazenda fluminense já havia declarado que o pagamento do décimo terceiro não seria empurrado para 2020. Em diferentes ocasiões, Carvalho assegurou que quitaria a gratificação natalina este ano. E voltou a afirmar isso durante coletiva que ocorreu na quinta-feira sobre a revisão do Plano de Recuperação Fiscal do Rio.
Na ocasião, Carvalho acrescentou que, em novembro, cairá (na conta do Rioprevidência) a receita de royalties e participações especiais. Com isso, haverá dinheiro para o depósito do abono de aposentados e pensionistas. "Com esses recursos, a gente consegue pagar o décimo terceiro", garantiu.
Já o Tesouro estadual vai bancar o pagamento do 13º dos servidores da ativa. Vale lembrar que a folha bruta mensal do Executivo estadual (incluindo ativos, aposentados e pensionistas) gira em torno de R$ 2,2 bilhões.
Em relação aos próximos anos, o secretário também afirmou que vem adotando todas as medidas necessárias para dar conforto e tranquilidade ao funcionalismo. E o pagamento em dia também chegou a ser uma promessa de Witzel.
Durante evento realizado em 28 de junho, na Procuradoria Geral do Estado (PGE-RJ), Witzel disse que, no seu governo, não faltará dinheiro para pagar vencimentos do funcionalismo. "O salário do servidor está garantido. O servidor não vai pagar essa conta (da crise e da corrupção)", declarou o governador.
Mas fato é que a segurança financeira dos servidores depende da renovação da recuperação fiscal do Rio, e do adiamento (de 2020 para 2023) do pagamento do serviço da dívida que o estado tem com a União.
O Dia