Sargento da Marinha foi preso ao ejacular em
braço de mulher dentro de ônibus na BR-101, em São Gonçalo - Reprodução
Um terceiro sargento da Marinha de 35 anos foi preso em flagrante, na manhã desta quarta-feira, ao ejacular no braço de uma mulher dentro de um ônibus na BR-101, na altura de Neves, São Gonçalo. O caso aconteceu por volta das 7h10 de hoje dentro de um ônibus que faz a linha Trindade (São Gonçalo)-Niterói.
Priscila Trindade Alcântara, 32 anos, contou ao DIA que seguia para o trabalho quando entrou no ônibus lotado e o homem, de 35 anos, estava sentado e cedeu o lugar para ela.
A servidora pública disse que ele ficou em pé do seu lado e percebeu que estava com o pênis ereto encostando nela. Ela pegou o celular para filmar e o militar se afastou, revelando a calça já ejaculada. A vítima gritou por socorro e contou com a ajuda de passageiros, que contiveram o assediador e chamaram policiais militares baseados na rodovia, que o prenderam.
"Isso acontece diariamente, infelizmente, me senti muito mal, não tem como ficar bem. Mas não vou me calar, porque isso é inadmissível. Meu corpo não é público, não é objeto sexual. As mulheres não devem se calar, não podem tolerar isso. Espero por justiça, que ele pague por isso. Que outras vítimas o reconheçam e denunciem", disse Priscila.
A vítima alega que essa foi a terceira vez que passou uma situação de assédio sexual dentro de um ônibus. Em uma delas, o homem estava sentado e se masturbou ao seu lado, enquanto na outra o assediador se aproveitou que ela estava dormindo para agir da mesma maneira que o militar da Marinha. Em ambas, eles escaparam e não foram presos.
O preso foi levado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo e autuado em flagrante por importunação sexual. Ele se recusou a prestar depoimento e disse que só falaria em juízo mas, informalmente, contou que "era a primeira vez que fazia isso". Priscila também prestou depoimento na delegacia.
A pena de importunação sexual, prevista na lei 13.718, de setembro de 2018, é de um a cinco anos de prisão. "Antes, os abusadores saíam pela porta da frente da delegacia, agora isso mudou", disse a delegada Débora Rodrigues, da Deam.
O abusador passará por uma audiência de custódia, que decidirá se ele permanece preso ou responderá pelo crime em liberdade. A chefe da Deam de São Gonçalo disse que a Marinha do Brasil já foi comunicada do crime envolvendo o sargento. Procurada, a Força Armada ainda não se pronunciou.
O Dia