Foi preso nesta sexta-feira (29) pela polícia o homem de 43 anos acusado de atropelar e matar a doméstica Carla Valadares da Silva Souza, 35 anos, no início da noite desta quinta-feira (28) em Guaçuí.
Adilon Roberto de Souza, 43, foi preso após um trabalho conjunto entre a Polícia Militar do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, e o homem, que seria ex-marido da vítima, se entregou na localidade de Prata, também no Rio, após negociação com os policiais.
Ele, que estava acompanhado do advogado, foi conduzido à Delegacia de Guaçuí, mas se recusou a prestar esclarecimentos, alegando que usaria o seu direito de ficar em silêncio.
Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito se apresentou com advogado na Pelotão da PMRJ, na cidade de Varre-Sai, na divisa com o Estado do Espírito Santo, com a intenção de ser ouvido e liberado, já que não havia mais o estado flagrancial.
“Ocorre que, a Delegacia de Polícia Civil já havia representado pelo pedido de prisão temporária do investigado, obtendo decisão favorável da justiça”, disse a nota.
Na delegacia, ele apenas afirmou que tentou evitar o atropelamento, mas que não teria conseguido frear o seu veículo Fiesta. Contra ele havia um mandado de prisão temporária emitido pela Justiça de Guaçuí.
Segundo o delegado Marcos Nery, o casal se dividia entre a cidade do Caparaó capixaba e Varre-Sai, onde também teria residência.
Apesar das agressões sofridas em público pela vítima, não existe em nenhum dos municípios denúncias de violência doméstica contra o homem e nenhuma medida protetiva solicitada, acrescenta Marcos Nery.
A mulher foi atropelada e morta em frente ao batalhão do Corpo de Bombeiros (CB) de Guaçuí, após fugir das agressões e pegar carona na carroceria de um Fiat Strada branco, que a deixaria na sede do Corpo de Bombeiros, a forca de segurança mais próxima da ES-484, local onde as agressões começaram.
Quando ela desceu em frente à sede do CB, o motorista do Fiesta preto, em alta velocidade, a atropelou e matou. Um vídeo mostra o momento exato. Ela chegou a ser socorrida pelas equipes dos bombeiros e Samu 192, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
As motivações do crime ainda não foram levantadas, mas Marcos Nery diz que o dono do Fiat Strada branco conta que as agressões foram muito violentas e que o homem teria sido contido por populares, momento em que Carla subiu na carroceria de sua caminhonete.
Contra o homem acusado do assassinato foi cumprido o Mandado de Prisão Temporária. Ele passou por exames de corpo delito, foi conduzido ao Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro, informa Nery.
O inquérito deverá ser concluído na próxima semana, após o recebimento dos laudos de lesões e cadavérico e da oitiva dos parentes, que poderão acrescentar dados ainda desconhecidos da polícia, relata o delegado.
A agilização do mandado de prisão temporária foi necessário para que o acusado do atropelamento de Carla Valadares não fosse liberado após a audiência de custódia, esclarece Marcos Nery.
Redação Dia a Dia