Segundo informações, a aeronave apresentou problemas técnicos quando levantava voo a cerca de 1m de altura e se chocou sem gravidade ao helideck O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) divulgou na noite desta quinta-feira (26) um vídeo que mostra o momento em que um helicóptero faz pouso de emergência após decolar da plataforma P-51. Segundo o Sindicato, o acidente aconteceu na manhã de sábado, 21 de maio, por volta das 7h. O acidente aconteceu quando a aeronave retornava do voo de troca de turma após a decolagem na P-51 com destino ao Farol de São Tomé. Segundo informações de bordo, a aeronave apresentou problemas técnicos quando levantava voo a cerca de 1m de altura e se chocou sem gravidade ao helideck.
De acordo com o Sindicato, além de o vídeo mostrar que a altura foi mais elevada e o choque com o heliponto muito contundente, o risco é elevadíssimo. Por segundos a aeronave não havia avançado, situação que poderia levar a uma queda no mar ou em outros pontos da planta da plataforma. Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, o acidente não é um caso isolado. “Os acidentes têm ficado, infelizmente, muito comuns na Petrobras. Tivemos inclusive um com vítima fatal nos últimos meses. Assim como em todas as áreas da empresa, o sucateamento tem acontecido e o sindicato tem exigido da empresa muita seriedade, porque a gente está falando de vidas. Queremos que a apuração seja feita de forma séria”, afirma o sindicalista.
Nesta sexta-feira o Sindipetro-NF se reunirá com a Petrobras para tratar do acidente. O NF cobra a instauração de uma comissão de investigação de acidentes, conforme postulado no ACT e NR37. Relatos dados por trabalhadores divergem de versões iniciais divulgadas pela Petrobras e reforçam a necessidade de apuração com participação do sindicato. De acordo com as denúncias, a ocorrência foi mais grave do que o informado e a demora na criação da comissão de investigação e convite para participação do sindicato só aumenta a apreensão dos trabalhadores levando os mesmos a questionarem se situações semelhantes já ocorreram antes e foram omitidas.
Para o sindicato, tendo em vista que há divergência na abrangência das regulamentações, é importante ressaltar que a referida SERIPA-3, ratificada pelo CENIPA, não é a única a gerir as relações de segurança e saúde das unidades offshore, sendo todo e qualquer acidente ou incidente a bordo de plataformas regulados pela NR37 e pelo ACT pactuado entre a companhia e os sindicatos.
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