E na manhã de sábado (28), jogadores das categorias Sub-11 e 12 do Botafogo de Futebol e Regatas juntamente com suas mães, fizeram um bonito gesto fraternal: homenagearam a capixaba Renata Pimentel Araujo Zampier, de 42 anos. Ela luta contra um câncer mamário diagnosticado em agosto de 2017.
A homenagem alusiva ao mês do Outono Rosa, foi realizada no Estádio Caio Martins em Niterói. Com uma bonita faixa dizendo "Somos Todas Renata", os jogadores do Sub 11 e 12 percorreram o gramado, saudando Renata, no Complexo Esportivo Caio Martins. A homenageada estava ladeada das mães dos referidos.
Conforme a odontopediatra Renata Pimentel Araujo Zampier, a iniciativa partiu de uma das mães dos atletas. Filha dos calçadenses José Antonio Araújo e Maria José Pimentel Araújo, neta do saudoso ex-prefeito de São José do Calçado, Alair Borges Pimentel e sobrinha do ex-prefeito da mesma comuna, Alcemar Lopes Pimentel, Zampier ficou muito emocionada com a homenagem dos meninos do Botafogo ‘Fogão’.
-Ser homenageada pelo Botafogo, clube onde meu filho joga, é simplesmente indescritível. Obrigada, torcida linda. Fogoooo!-, detalhou a odontopediatra.
C.A E VONTADE DE VIVER
Nascida na terça-feira de 10 de junho de 1975, em Vitória (ES), a odontopediatra Renata Pimentel Araujo Zampier, que atualmente mora em Niterói, é esposa de João Carlos Zampier e mãe de Eduarda Zampier e João Henrique Zampier (jogador da categoria Sub-12 do Botafogo de Futebol e Regatas). A capixaba revela que sempre fez os exames regularmente. Que em janeiro de 2017 tudo estava normal. Porém, sete meses depois, descobriu que estava com câncer de mama.
Renata diz que reza um terço antes de cada 'quimo'
-É aquela expectativa. Ir ao médico e conferir tudo. Quando descobri, em nenhum momento, questionei a razão de ser ‘eu’. Então, o que Deus mandou para mim, aceito. ‘To ai’, com fé, seguindo. Hora nenhuma chorei e perguntei se morrerei, tenho certeza que não. Deus está comigo, Maria (Virgem) na frente. É isso, me move a cada dia. Tenho que viver, um dia a cada dia, ficar bonita, careca, a gente fica, tenho que usar lenços-, disse.
Zampier frisa que o momento mais difícil foi quando pediu forças a Deus e Maria, pois tinha que contar para seus dois filhos (11 e 15 anos), que estava com câncer.
-Eu e meu esposo, João, contamos para eles. Foi um momento triste para Eduarda e João Henrique, que ficaram tristes. Estamos levando tudo com muita leveza, somos muito católicos, nós quatro, está sendo tudo muito fácil. Cada dia, um novo dia, cada dia, uma nova batalha. Tenho ido à missa, na maioria das vezes, pela manhã. Antes de começar minha ‘quimo’, rezo um terço, isso é meu. Agradeço todos os dias por ter aguentado, pela oportunidade de tratamento. Não tem que se esconder, ter vergonha, ter medo de dizer que está com câncer, lógico, tem dia que estamos tristes, não somos uma fortaleza sempre. A maioria de meus dias são alegres. Não questiono, Deus está comigo, sei que não vou morrer, vou ficar curada. Maria sempre passando na frente de tudo. Quem está passando por isso, tem que encarar, entregar nas mãos de Deus e de Maria. Encare, pois tudo fica mais leve e fácil. Vamos encarar sempre com Deus no coração, com alegria e amor. O amor move tudo junto com Ele-, desabafou Renata.
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