ÁGUAS DO BRASIL VENCE LEILÃO E SUBSTITUIRÁ A CEDAE EM BOM JESUS DO ITABAPOANA

Leilão da Cedae arrecada R$ 2,2 bi para exploração de água e saneamento da Zona Oeste e mais 20 municípios

Mais de R$ 2,2 bilhões foram arrecadados para a exploração do bloco 3 dos serviços de distribuição de água e saneamento na região da Zona Oeste do Rio e de mais 20 municípios no leilão da Cedae na tarde quarta-feira (29). Cerca de 2,7 milhões de pessoas moram nestas áreas e serão impactadas.

O lance mínimo foi de R$ 1,16 bi. A empresa Águas do Brasil, Saab Participações II SA ganhou e o ágio foi de 90%. A empresa Aegea também participou, mas foi superada pela concorrente. Os recursos vão para o caixa do governo do Rio.

Na primeira etapa do leilão da Cedae, em abril de 2021, o bloco três chegou a receber uma proposta do Consórcio Aegea.

Além da Zona Oeste do Rio e de seis municípios que faziam parte da proposta original foram incluídas 14 cidades na área de disputa. Veja quais são mais abaixo.

Em abril deste ano, os três outros blocos da Cedae foram vendidos em outro leilão para outras empresas. Os blocos 1 e 4 foram arrematados pelo Consórcio Aegea e o bloco 2 pelo Consórcio Ingá.

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PSC), comemorou o resultado do leilão desta quarta.

"Conseguimos repetir os feitos do último leilão. Sem dúvida, sem adiamento. A escolha do dia 29 de dezembro pareceu incerta para muitos, mas o Rio de Janeiro cumpriu a data e, com isso, demonstrou responsabilidade com a segurança jurídica, com o novo ambiente de negócios e com a credibilidade conquistada nos últimos meses", disse.

Municípios que integram o bloco são:

Bom Jardim

Bom Jesus do Itabapoana

Carapebus

Carmo

Itaguaí

Itatiaia

Macuco

Natividade

Paracambi

Pinheiral

Piraí

Rio Claro

Rio das Ostras

Rio de Janeiro (Zona Oeste/AP-5),

São Fidélis

São José de Ubá

Sapucaia

Seropédica

Sumidouro

Trajano de Moraes

Vassouras.

O investimento é de R$ 4,7 bilhões para universalizar os serviços nos 21 municípios. Além disso, R$ 13,6 bilhões serão utilizados para garantir a operação e manutenção do sistema durante os próximos 35 anos.

Também estão previstos investimentos de R$ 1,1 bilhão nos cinco primeiros anos para reduzir a poluição na bacia do Rio Guandu. Outros R$ 354 milhões serão usados em favelas não urbanizadas na Zona Oeste do Rio.

O governo assegura que não haverá aumento real da tarifa atual da Cedae. Há a garantia de ampliação da tarifa social que hoje beneficia 13 mil moradores de rua. Com isso, o benefício deve chegar a 136 mil pessoas.

Por g1 Rio