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terça-feira, 7 de maio de 2024

SAIBA QUEM FEZ O LETREIRO QUE FOI COLOCADO NO TOPO DA PEDRA DO JASPE

Muitos já sabem que no topo da pedra do Jaspe, a pouco mais de 1.100 metros de altitude ao nível do mar, foi colocado um letreiro com o seguinte dizer: “Eu amo Jaspe”. Mas afinal, quem fez esse letreiro? A ideia partiu de quem? Como foi feito o transporte das letras para o topo da pedra? Saiba agora como tudo isso aconteceu.
Quem conversou com o Broinha Notícias (BN), para contar essa história, foi Altair José Poubel de Paula, o próprio criador do letreiro. De acordo com Altair, a ideia surgiu de uma conversa dele com o amigo Rodrigo Oliveira.
- A gente estava conversando sobre o que colocar lá em cima, pensamos primeiro num Cristo, depois o pessoal achou melhor colocar esse letreiro, e a mim coube essa missão – iniciou a conversa Altair.
Altair, de 54 anos, que é pedreiro e funcionário público do município de São José do Calçado, contou que todo o trabalho foi feito de forma manual.
- Usei isopor para fazer a forma, e enchi com cimento e vergalhões. Cada letra, e o coração que foi feito em duas partes, pesa entre doze e treze quilos. – contou.
Após as letras prontas, foi estudado então, um jeito de levar as peças para o topo da pedra, se colocados em uma balança, tudo pesaria mais ou menos 100 quilos.
- Foram usados dois burros, do Puruca e de seu filho Antonio, para fazer o transporte até onde havia passagem para os animais, do meio da trilha para cima, as letras foram carregadas pelos homens que estavam subindo a pedra, cada um levava uma letra, e fazia revezamento com outros que estavam sem peso – disse Altair.
O criador do letreiro contou que, as letras foram levadas em um só dia, em duas viagens. Mas só no dia seguinte, o coração foi levado e o letreiro foi assentado no topo.
- O coração eu fiz em duas partes, e ficou pronto no dia seguinte. E foi nesse dia, dezoito de junho de dois mil e vinte e três, que levamos o coração, e finalmente montamos o letreiro e o fixamos num local estratégico – lembrou.
Rodrigo Oliveira também falou um pouco sobre essa missão.
- Nós romeiros, convidamos então o nosso amigo Altair a fazer as letras. As letras foram levadas num sábado, e no domingo um grupo de vinte romeiros, levaram as letras para o topo da pedra. Mas duas semanas antes, nós já havíamos levado todo o material que seria necessário para chumbar, como cimento, areia, água. Foi um trabalho de formiguinha. – falou Rodrigo. Além do letreiro, na metade da trilha, quem passa por lá encontra a gruta de São José. Uma capelinha com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, também está fixada no topo da pedra, e agora, o letreiro “Eu amo Jaspe”, uma obra de arte, que mesmo com seu peso, e a dificuldade de transportá-la para o alto da pedra, não foi maior que a fé e que a determinação daqueles que contribuíram para esse acontecimento. Hoje a Pedra do Jaspe é explorada por centenas de turistas, que afirmam valer a pena a caminhada pelas matas da pedra.

Broinha Notícias

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