Categoria aguarda carta-compromisso do Governo Federal com propostas.
Seis agências de seis cidades estão com as atividades totalmente paradas.
A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) da região Norte e Noroeste Fluminense completa 50 dias nesta terça-feira (25). De acordo com o diretor regional e estadual do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev-RJ), Marcos Luis Soares Gomes, a categoria aguarda uma carta-compromisso do Governo Federal, onde o órgão deve acatar as propostas da categoria.
Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, as três agências do INSS realizam cerca de 100 atendimentos diários. A unidade da Rua Treze de Maio está totalmente paralisada e as agências do Centro e de Guarus funcionam parcialmente, com número de funcionários reduzido. Na região, seis agências de seis cidades estão com as atividades totalmente paralisadas.
"O término da greve depende do envio dessa carta-compromisso ao comando de greve. Nesta terça-feira acontece uma reunião, em Brasília, entre a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde e Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) e o Governo. Vamos aguardar o posicionamento do Governo para analisar as propostas com a categoria", relatou Marcos Luis.
A categoria está reivindicando reajuste salarial de 27%, incorporação de 80% da gratificação de desempenho de atividade do seguro social, concurso público que atenda a demanda do quadro necessário de funcionários, paridade entre ativos e aposentados, fim do regime especial de atendimento em turnos, acesso a treinamento e qualificação, reajuste de benefícios como auxílio-alimentação, retirada imediata da instrução normativa nº 74, e redução de 40 para 30 horas de trabalho semanal.
A reportagem do G1 tentou contato, por telefone e e-mail, e aguarda posicionamento do Governo Federal sobre a carta-compromisso e as reivindicações levantadas pela categoria
Outras cidades da região também aderiram ao movimento do Sindsprev como São João da Barra,Cardoso Moreira, Italva, Santo Antônio de Pádua e Itaperuna, que estão 100% paradas. As agências de São Francisco de Itabapoana e Bom Jesus do Itabapoana funcionam parcialmente. Marcos Luis explicou que nas cidades onde os serviços estão paralisados, a orientação é que os interessados procurem uma agência que esteja atendendo parcialmente.
"Nas agências que funcionam de formam parcial, todo serviço é prestado à população. Nas cidades onde temos 100% dos funcionários parados, estamos entregando um folheto explicando o motivo da nossa paralisação e eles são orientados a procurar uma agência aberta na própria cidade, como é o caso de Campos, ou em outro município. Lamentamos o transtorno, mas isso deve ser feito para garantirmos os nossos direitos", disse o diretor.
Dulcides Netto/Do G1 Norte Fluminense