Foto: Nicolás Satriano/G1.
Servidores públicos lotaram a escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quarta-feira (3/2) em protesto ao pacote de medidas apresentadas na terça-feira (2/2) pelo governador Luiz Fernando Pezão para ajustar as finanças do estado.
A PM não havia divulgado estimativa de público até as 17h. Segundo o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), que convocou a manifestação, três mil pessoas foram à Alerj para protestar.
Com gritos de “fora Pezão”, os servidores disseram “não” às medidas. Além da escadaria da Alerj, o protesto tomava duas faixas da Avenida Presidente Antônio Carlos. O trânsito ficou complicado na região e o congestionamento chegou ao Aterro do Flamengo (veja como está o trânsito em tempo real).
As medidas do Executivo para sanar o rombo nas contas públicas incluem, na Previdência, a elevação da contribuição dos servidores estaduais, de 11 para 14%, e cotização do Rio Previdência, para cobrir déficit. O estado tem hoje 221.270 servidores ativos e 222.199 inativos e pensionistas.
A medida foi criticada nos discursos dos manifestantes e em faixas levadas. “Quem trabalha merece receber”, dizia uma delas.
“Vamos pagar para trabalhar? É um absurdo o que está acontecendo. Recebemos os salários e o 13, mas foi preciso entrar na Justiça para isso”, disse a técnica-judiciária, Renata Soares.
“O que tem que ser dito sobre essa crise é que o maior endividamento ocorreu durante a alta do barril do petróleo”, declarou o deputado estadual do PSOL Marcelo Freixo. Para o parlamentar, a incompetência de gerir o estado é a principal causa da crise que hoje vive o Rio de Janeiro.
Outras medidas
O governo também quer revisar todas as aposentadorias e ser mais rigoroso na análise de novos pedidos.
A proposta defende que o Tribunal de Justiça e a Alerj passem a pagar toda a contribuição patronal da Previdência dos servidores. Hoje, o executivo dá uma parte da contribuição. A ideia é que os dois órgãos se responsabilizem pela parte do déficit da Previdência correspondente aos servidores do Judiciário e do Legislativo
Segundo o governador Luiz Fernando Pezão, as medidas, se aprovadas, gerariam economia de R$ 13,5 bilhões ao ano aos cofres públicos. Sem elas, segundo cálculos do governo, o estado fecharia o ano com um déficit de R$ 12 bilhões.
G1/Campos 24 Horas