Servidores fazem protestos contra o pacote de medidas apresentadas pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, para ajustar as finanças do estado na porta da Alerj-Foto: João Laet/Agência O Dia.
A presidente Dilma Rousseff aprovou crédito de R$ 3,5 bilhões para ajudar o Estado do Rio a desafogar as contas até o fim do ano. O aporte, que será usado para diminuir o rombo de R$ 12 bilhões do Rioprevidência, é uma antecipação da receita de royalties de petróleo do estado, que compensará a queda da arrecadação em 2015 por causa do recuo expressivo do preço do produto.
O montante garantido pelo o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, com o Ministério da Fazenda, será parcelado, com a primeira operação de R$ 1 bilhão já liberada para contratação de empréstimo no Banco do Brasil. A parcela inicial pode ser suficiente para garantir um mês da folha de pagamento dos 250 mil aposentados e pensionistas do estado. Em dezembro, o total de vencimentos foi de R$970 milhões.
A aprovação do crédito será submetida à votação hoje na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), em regime de urgência. A crise financeira do estado motivou nesta quarta-feira uma grande manifestação de protesto dos servidores nas escadarias da Alerj, insatisfeitos com o adiamento da data de pagamento dos salários, parcelamento do 13º e projeto de aumento do desconto previdenciário.
Em conversa com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também nesta quarta, Pezão disse que vai continuar as negociações com o governo federal. “Os outros R$ 2,5 bilhões eu tenho que ir e negociar de novo em Brasília. Durante o ano de 2016, preciso trabalhar permanentemente e ir lá para conseguir autorização até o fim do ano”, ressaltou Pezão.
Ele apresentou aos empresários o pacote de medidas para redução de gastos e aumento de impostos. O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira cobrou do governador, em troca dos impostos, mais incentivos para a indústria do petróleo, setor que representa 30% do Produto Interno Bruto (soma de todos os bens e serviços produzidos no estado) do Rio. A ideia é destravar licitações de reservas que já foram descobertas, mas ainda não tiveram a produção concedida.
“Existem áreas já descobertas e já apuradas em seu volume de petróleo, que dependem apenas do Executivo Federal mandar fazer licitações neste ano. Isso quer dizer participações importantes para os cofres do Rio”, afirmou o executivo.
O Dia
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