Duas suspeitas são detidas e um homem é procurado
Duas mulheres foram detidas, na manhã desta segunda-feira, ao serem flagradas praticando o crime de estelionato em Campos. Centenas de pessoas foram atraídas pelo golpe do falso emprego, após lerem nos Classificados do Jornal O Diário, no final de semana, um anúncio oferecendo vagas de emprego para diversos cargos na Construção Civil, sem imaginar que a “chance de ouro” não passava de um golpe e que as suspeitas usaram o veículo de Comunicação para enganar os leitores.
Pela manhã, as pessoas compareceram à sede da fictícia “Construtora Ferreira”, no Edifício Cidade de Campos, na Praça São Salvador, Centro, para concorrer às supostas vagas. Eles estranharam o fato de C.C.F. cobrar uma taxa de R$ 80 de cada candidato para participar garantir o emprego e acionaram a polícia.
Segundo a delegada assistente da 134ª Delegacia Legal (DL/Centro), Natália Patrão, uma das pessoas que esteve no local é um servente de pedreiro. “Ele relatou na sede policial que, por volta das 7h, foi a uma obra saber se estava precisando de ajudante. Um funcionário desta obra informou que ouviu no rádio que a ‘Construtora Ferreira’ estava contratando. Ele de imediato foi até a empresa”, contou.
Ainda de acordo com Patrão, na sala onde estava funcionando a falsa empresa estavam C., outra mulher e um homem, que não foi localizado pela polícia. Natalia informou que estavam subindo de cinco em cinco pessoas. Junto ao servente de pedreiro subiu um bombeiro hidráulico. Ambos teriam sido informados que teriam que pagar R$ 80 para ter direito a uma das vagas. “As pessoas que ali estavam informaram que não tinham esta quantia e que o homem que estava no atendimento informou que iria anotar o nome dos profissionais e o telefone e que estes teriam que voltar na semana que vem para fazer o pagamento. Este homem disse que em 15 ou 20 dias as pessoas estariam contratadas”, disse Natalia.
Ao levantarem suspeita de se tratar de fraude, as pessoas acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM) e, em seguida, a Polícia Militar (PM). C. teria alegado que os R$ 80 seriam para tirar o Nada Consta.
C. e outra mulher, que também atendia as pessoas na falsa empesa, foram conduzidas para a delegacia. A mulher contratada por C. entrou como testemunha do caso. Ela contou que foi chamada por C. para “atender o povo”. Segundo a testemunha, Célia foi quem a pediu para colocar o anúncio no Jornal O Diário. Célia pagou a fiança de um salário mínimo, arbitrada pela delegada, e foi liberada.
O Diário