Exames de gravidez e DST´s deram negativo. Polícia Civil investiga omissão da escola.
O pai da menina de 13 anos,
suspeita de ser vítima de estupro coletivo em uma escola pública de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, disse estar chocado com o caso, que, segundo a polícia, pode ter tido a participação de 14 adolescentes, com idade entre 13 e 16 anos.
A secretaria de Estado de Educação informou na noite desta sexta-feira (21) que afastou o diretor do Colégio Estadual Padre Mello e abriu sindicância para apurar o caso. A Polícia Civil tomou conhecimento pelo Conselho Tutelar após denúncia de uma amiga da escola, por isso, também investiga a escola que, mesmo sabendo do caso, não procurou a polícia.
O pai da estudante disse que a filha afirmou que não queria realizar o ato e que não contou antes por medo dele.
"Ela falou assim: ó, papai, não podia acontecer isso, mas os meninos 'forçou' (sic) eu e levou pra lá. Um foi comigo, chegou lá não tive como sair depressa porque o portão tava fechado. Aí, obrigou a ficar com os outros cinco".
A menina foi submetida a exames de gravidez e DST's (Doenças Sexualmente Transmissíveis) mas os resultados deram negativos, segundo o delegado Bruno Cleuder.
O pai da menina quer que os responsáveis sejam punidos.
"Eu espero que a Justiça resolva isso, porque eu mesmo não posso fazer nada. Eu acho que eles têm que ser punidos, porque se eu ficasse quieto, talvez, isso iria continuar", declarou o pai.
Depoimentos, segundo a polícia:
A menina
"Na primeira vez viram ela praticando o ato sexual com o namorado e aí exigiram que ela praticasse com eles também sob pena de comunicar à direção do colégio e até ser expulsa. Pelas informações que a gente conseguiu até agora, foram umas três vezes na quadra [quanto ao ato] e uma vez dentro da sala de aula, uma das salas que não têm câmera".
Os suspeitos
"Os adolescentes, a maioria, confirmam os fatos, falam que não houve essa ameaça, exigência, que ela foi por conta própria e confirmaram... só dois que falam que só estavam visualizando mesmo e não praticaram os atos".
A adolescente está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar e vai passar por tratamento médico e psicológico. Se comprovada a participação dos adolescentes, segundo a polícia, a pena pode chegar a três anos em casa de acolhimento.
Por RJ Inter TV 2ª Edição