Plataforma
de petróleo, setor em desenvolvimento no Estado onde empresas multinacionais
devem investir . Foto: Gabriel Lordêllo
Entre missões na Itália e na China, leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP) ou até mesmo ampliando operações já existentes, o Espírito Santo tem ganhado a atenção de diversas empresas internacionais.
Somados, esses investimentos estrangeiros vão abrir 10.180 vagas de empregos em um período de até três anos. Só as três novas multinacionais vencedoras da 14ª rodada da ANP, Axxon Mobil, Repsol e CNOOC, devem abrir inicialmente 1.500 vagas, segundo estimativas da Fecomércio-ES.
Já o empreendimento de Porto Central, em Presidente Kennedy, que conta com investimento holandês, vai precisar de 4 mil profissionais nas obras, em 2019.
Outros 3.500 empregados devem ser contratados para o porto de Petrocity, em São Mateus, sendo 2 mil para as obras, previstas para o ano que vem, e outros 1.500 para operá-lo depois de pronto. Outras 1.180 vagas devem ser abertas no Estado com investimento estrangeiro.
Segundo o diretor-geral da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, o projeto, que antes era focado apenas em petróleo e gás, ganhou novos horizontes com a reformulação que incluiu operações com celulose, rochas ornamentais e contêineres, inclusive investimentos de empresas estrangeiras. “Temos uma construtora internacional já contratada, isso traz muito mais musculatura para a gente trabalhar com segurança”.
O Porto de Vitória, com a entrega das obras de dragagem e ampliação de sua capacidade, bem como as linhas diretas com China, Estados Unidos e Europa, também aumentam a competitividade do Estado para atrair multinacionais.
“No passado, tivemos empresas já instaladas no Brasil, em São Paulo, que pensaram em mudar para o Estado pela localização. Mas na época a gente não tinha essas linhas diretas e não foi viável. Hoje já é possível”, contou o superintendente geral da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Walter Arruda Amâncio.
A companhia também espera investimentos estrangeiros no terminal de granéis líquidos, em Vila Velha, que teve concessão aprovada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), e já atraiu interesse de empresas russas e alemãs.
Walter lembrou ainda de Barra do Riacho, em que a concessão está sendo estudada e também deve atrair olhares internacionais.
A Tribuna