Folha da Manhã
Campos confirmou a segunda morte por coronavírus no município. Trata-se de uma mulher de 79 anos que fazia tratamento contra um câncer no Rio de Janeiro. Porém, de acordo com o protocolo da secretaria estadual de Saúde, a notificação é registrada na cidade de residência.
De acordo com a Prefeitura, a idosa fazia tratamento no Instituto Nacional de Câncer (Inca), na capital, e já que contava com problemas hematológicos. Ela era natural de Campos e estava no Rio desde agosto de 2019. Veio a Campos somente no Carnaval e retornou para o Rio sem possibilidades de retorno devido ao quadro clínico. Ela foi internada por sintomas respiratórios e o óbito aconteceu no último domingo (19).
O número de casos confirmados continua em 40. No entanto, também seguindo orientação da secretaria estadual, houve uma mudança e pacientes com síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave passam a ser contabilizados como casos suspeitos. Ao todo, são 171 pacientes monitorados nesta situação.
Nas redes sociais, o prefeito Rafael Diniz (Cidadania) lamentou a segunda morte por coronavírus registrada no município e agradeceu aos policiais pelo trabalho durante a pandemia.
A morte de outra idosa, de 71 anos, também no domingo, ainda é investigada. De acordo com a Prefeitura, a paciente apresentava histórico de doença cardiovascular, diabetes e ainda quadro de síndrome gripal de cerca de 15 dias. Ela deu entrada no Hospital Ferreira Machado (HFM) em parada cardiorrespiratória.
A Prefeitura informou, ainda, que os médicos tentaram reanimá-la, mas ela não resistiu. Foi realizado o exame e a Vigilância em Saúde aguarda resultado do Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ).
A primeira morte em decorrência da Covid-19 em Campos foi confirmada no dia 10 de abril (
aqui). O caminhoneiro Hudisson Pinto dos Santos, morador da Penha, de 39 anos, casado e pai de dois filhos, morreu na UTI do Centro de Controle e Combate ao Coronavírus (CCC). Hudisson esteve na UPH do São José no dia 4 de abril. Em seguida, fez uma tomografia no Hospital Geral de Guarus (HGG), de onde foi transferido direto para UTI do CCC, falecendo seis dias depois. O caminhoneiro havia passado por São Paulo e Ceará, duas áreas de grande circulação do vírus.
Casos suspeitos - A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andréya Moreira, explicou que a mudança na classificação dos casos suspeitos segue uma norma técnica da secretaria Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde.
— A partir de hoje (21), do informe epidemiológico, seguiremos nota técnica do estado. A nota técnica número 22 foi atualizada ontem (20) e faz com que nós tenhamos que mudar para a questão da Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave os casos em investigação. Síndromes Gripais são geralmente quadros leves que não precisam de internação e muitos deles não precisam ser testados, conforme estabelece o Ministério da Saúde. A Síndrome Respiratória Aguda Grave é um quadro mais agudo de sintomas respiratórios que faz com que a pessoa precise, por exemplo, buscar unidades de saúde referenciadas ou particulares para internação. No boletim de hoje (21), essas 24 pessoas investigadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave apresentadas, estão internadas em hospitais diversos na nossa cidade e todos os exames coletados para verificar a positividade ou não do Covid.
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