Nilo Rodrigues Oliveira, maestro e presidente da Lira Operária Bonjesuense, nasceu no dia 02/10/1933, em Bom Jesus do Norte/ES.
Os nomes dos seus pais são Pedro Rodrigues de Oliveira e a italiana Amélia Bartolomeu Pira. Os avós paternos são Pedro Rodrigues de Oliveira e Maria de Jesus Rosa. Os avós maternos são os italianos Bartolomeu Pira e Davina Serra. São 6 os filhos com a saudosa Anésia Teixeira de Oliveira: José Luís, Pedro, Nilo Antero, Maria Amélia, Maria Cristina e Héliton. "Héliton tem contato com a música desde os 7 anos de idade, e sempre esteve ligado à Lira. Hoje, já formado, entende tudo de música e me substitui como maestro, quando estou ausente", explica.
Nilo possui 5 irmãos: Maria, Humberto, Maria Amélia, Aurelina e Nair.
O primeiro instrumento musical que aprendeu tocar foi uma sanfona, quando tinha cerca da 12 anos, e morava na zona rural conhecida como Barra do Ribeirão Alegre. Com 17 anos, já animava eventos com sua sanfona. Posteriormente, teve, como mestre, o Professor Bastião, regente da Lira Operária, que formou uma geração de músicos. Ingressou então na agremiação em 1952, estando na mesma até hoje, com muito idealismo e dedicação. Quando era jovem, estudou no Grupo Escolar Pereira Passos.
Ao passar a dar aulas, na Lira, teve de comprar livros e, para se aperfeiçoar, acabou se tornando autodidata.
Desde 1982, é maestro e presidente da Lira, chegando, com sacrifício, a investir recursos próprios para mantê-la funcionando.
No dia 9 de julho de 1999, organizou uma grande festa onde inaugurou, na sede da entidade, os retratos dos fundadores da Lira.
Nesta época de pandemia, Nilo não mede esforços para ensinar música, na Escola da entidade, a três irmãos: Emily, 9, Asaf, 10, e Lavinnya, 12, filhos de Luís Fernando Rodrigues Aureliano e Cinthia de Souza do Nascimento.
Bom Jesus confirma, assim, a tradição de amor à música, onde os pais fazem questão que os filhos aprendam a tocar instrumentos musicais, e, por outro lado, há sempre um maestro pronto a dar uma resposta positiva. Esse é um diferencial que distingue nosso município de outros.
Nilo deixa uma mensagem para as novas gerações: "Procurem a Lira Operária, que terão aulas gratuitas para aprenderem a tocar instrumentos musicais. Ninguém pagará nada, nem os cadernos utilizados na Escola!".
Nilo Rodrigues nos dá, portanto, uma grande lição de vida, gestando, aos 88 anos de vida, a nova geração de músicos da Lira Operária Bonjesuense, em uma linda mescla de passado e presente, apontando para um futuro humanizado através da música.
O Norte Fluminense/(Matéria com colaboração de Luís Fernando Rodrigues Aureliano)