Litoral
Norte do Espírito Santo — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Militares do Exército, da Marinha e bombeiros do Espírito Santo passaram por treinamento, nesta terça-feira (5), para saberem o que fazer se o óleo chegar às praias capixabas. Segundo o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema).
Duzentos e oitenta militares do Exército e da Marinha e mais 100 bombeiros participaram do treinamento, que ocorreu no município de Vila Velha. "O objetivo é minimizar os impactos no manejo com a possível chegada do óleo", disse o secretário Estadual de Meio Ambiente, Fabrício Machado.
Quando o óleo chegou às praias do Nordeste, voluntários que fizeram a limpeza das praias entraram em contato com o produto, o que pode provocar doenças graves. No Espírito Santo, militares e bombeiros devem trabalhar para que isso não aconteça.
"Nós, do Espírito Santo, temos o tempo de sermos mais planejadores e menos reativos. Então, dessa forma, a gente consegue aprender com erros que foram cometidos lá, para que não se repitam aqui", falou o oceanógrafo do Iema, Pablo Prata.
Os servidores dos municípios onde o óleo pode chegar, no litoral Norte capixaba, também acompanharam o treinamento na sede da Marinha, em Vila Velha, além de profissionais do Ibama e do ICMBio.
As manchas de óleo chegaram à Nova Viçosa, na Bahia, a 50 quilômetros da divisa com o Espírito Santo. Mais ao sul dessa localidade estão as praias de Conceição da Barra e Itaúnas.
Segundo o Iema, se o óleo chegar ao Espírito Santo, será em pequena quantidade, mas o estrago pode ser grande.
"A gente tem que ficar pelo menos seis meses em alerta depois do impacto. Depois da limpeza, seis meses ainda. Nós temos exemplos de praias do Nordeste que foram limpas quatro, cinco vezes, e o óleo continua a chegar. Mas uma coisa que estamos muito preocupados é que estamos no pico da desova da tartaruga, começou agora em novembro. Então as praias do Norte do Estado, que são as primeiras a serem atingidas, é também onde tem muita desova. O cuidado em transitar na praia com equipamentos e pessoal deve ser redobrado", explicou o oceanógrafo Pablo.
G1/ES
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