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quarta-feira, 30 de março de 2022

VÍDEO: FRENTISTA É PRESO NO TRABALHO APÓS SE DESENTENDER COM POLICIAIS

Colegas e clientes se revoltaram com o que caracterizaram como truculência e abuso de autoridade, enquanto a PM afirma que o rapaz foi preso por desacato, desobediência e resistência
A prisão de um frentista em seu local de trabalho por policiais que chegaram ao posto para abastecer um veículo com gás natural, na manhã desta quarta-feira (30) provocou a revolta de colegas de trabalho e outros clientes do estabelecimento que acusam abuso de autoridade. Por outro lado, a Polícia Militar sustenta que a prisão ocorreu com base nos crimes de desacato, desobediência e resistência. Parte da ação foi registrada pelas câmeras de monitoramento e, também, por celulares de outras pessoas que estavam no local. O caso ocorreu nem um posto às margens da rodovia BR 101, na Safra, em Cachoeiro.
O caso teria como pano de fundo um desentendimento pela demora no atendimento, no local onde os veículos normalmente os motoristas fazem fila à espera da sua vez. Uma testemunha, que não quer ser identificada, por medo de represálias, relatou o possível caso de abuso de autoridade.
POLÍCIA MILITAR
A Polícia Militar relatou que um dos policiais teve, inicialmente, um problema em relação ao atendimento, e solicitou ao frentista que chamasse o responsável do local. Foi gerado, a partir daí, o desentendimento entre as partes, e o frentista teria ofendido o policial. Nesse momento, foi dada a voz de prisão, e ele ofereceu resistência. Foi quando os militares, segundo a PM, precisaram fazer o uso progressivo da força.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP), em nota oficial, disse que "dois policiais militares pararam em uma fila em um posto de combustível para abastecer o veículo, quando notaram que havia apenas uma bomba em funcionamento e outra desativada. A fim de entender o que teria acontecido para apenas uma estar em funcionamento, o sargento desembarcou e perguntou ao frentista o que teria ocorrido, momento em que teria sido tratado com rispidez pelo funcionário. O militar, então, respondeu ao homem que não havia necessidade de ser mal-educado e retornou ao carro para aguardar a sua vez. No entanto, em uma conversa amigável com o tenente e analisando que no local havia duas cercas de ferro que direcionam os motoristas para uma única direção, expressou-se dizendo que o ambiente era semelhante a uma área de curral. Porém, o frentista teria ouvido e se sentido ofendido, respondendo ao militar "só se fosse sua mãe que estivesse aqui".
Diante da situação, o sargento saiu a procura da gerência do estabelecimento para registrar oficialmente uma reclamação. Já o tenente teria permanecido no local e, prossegue a nota, "de forma respeitosa e educada, informado ao frentista que como consumidor teria se sentido ofendido com o tratamento, que ele deveria tratar o cliente com mais profissionalismo e respeito. Porém, o homem não gostou também e passou a direcionar as ofensas ao tenente. Durante a discussão, o militar informou ao homem que por ainda estar fardado e de serviço, as agressões verbais a ele proferidas poderiam ser registradas como desacato, tendo o funcionário ignorado todas as orientações e prosseguido com as ofensas. Momento em que o sargento retornou ao local e foi necessário o uso de força progressiva para imobilizar o homem e conduzi-lo à Delegacia de Polícia Civil".
O caso seguirá sob investigação da Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo) de Cachoeiro de Itapemirim.

Jornal Fato

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