“Advogar exige preparo, renúncia e entrega. Não se constrói reputação com vídeos editados, mas com estudo diário, leitura séria e enfrentamento real da prática jurídica”, escreveu Túlio Fiori.
Segundo o presidente da OAB local, a advocacia verdadeira nasce “no fórum, no silêncio da biblioteca, na pressão de um prazo, na dor do cliente”. Ele alertou para o que chamou de um novo “tipo” de advogado: personagens de rede social, que investem em aparências, mas carecem de embasamento técnico e experiência real. “Gente que nunca sustentou uma tese, nunca redigiu uma peça densa, mas sabe montar cenário. Vendem autoridade que não têm”, afirmou.
A crítica se estende ao impacto negativo que esse comportamento pode causar nos profissionais em início de carreira. “O jovem advogado, em vez de buscar técnica, busca palco. Estão aprendendo a performar, não a advogar”, observou Túlio.
Apesar da crítica, o presidente reconheceu a importância do marketing jurídico, desde que feito com ética e sem substituir o conteúdo essencial. “A autopromoção, sim, é válida. Vivemos num tempo em que o marketing jurídico, bem feito e com ética, é ferramenta legítima. Mas que isso nunca substitua o essencial: o estudo, a base, o conteúdo, a consistência.”
O advogado encerra sua reflexão com uma defesa firme da técnica, da ética e da responsabilidade na atuação profissional, especialmente na seara penal. “Direito Penal não admite improviso. Não se sustenta liberdade com frase de efeito. O que está em jogo são vidas, não curtidas.”
A manifestação reforça o debate sobre os limites do marketing jurídico e a necessidade de resgatar o respeito pelo estudo e pela prática consistente do Direito.
Redação News BJI
Nenhum comentário:
Postar um comentário