Alvim, antigo lateral esquerda do Olympico F.C., visitando a exposição Memórias do Nosso Futebol, encontrou a camisa com a qual conquistou o disputado campeonato bonjesuense de 1973, e que se encontra em destaque num dos painéis centrais da exposição.
Alvim é dono de um grande acervo de fotos e objetos do clube, gentilmente disponibilizados por ele ao Espaço Cultural Luciano Bastos para a montagem da exposição. Além da camisa campeã, também é dele a bandeira do painel e várias faixas conquistadas em vários campeonatos.
Para conhecermos um pouco mais de sua vida e carreira, reproduzimos artigo de Ademir Paulo Pimentel, publicado no jornal A Voz do Povo, em sua edição de 22.09.1973.
Pedro Álvares Cabral
Por Ademir Paulo Pimentel
Nome de descobridor, dificilmente Bom Jesus terá condições de descobrir um outro Alvim, verdadeira pérola auri-rubra, Alvim impressiona os Estádios, por ser o jogador de apenas um braço, circunstância decorrente de um acidente do trabalho.
Filho de Pedro Francisco da Silva e da. Alzira Tardin da Silva, Alvim nasceu no dia 3 de maio de 1941.
Iniciou sua carreira esportiva no “Ollympico” aos doze anos, integrando a equipe juvenil, na lateral esquerda, tendo como técnico Celso “Canário”. Posteriormente, integrou o juvenil do “Fluminense”, sendo técnico Nizinho. Indo para Rio Bonito, atuou no “Cruzeiro” e “Motorista”, retornando a Bom Jesus em 1959, como titular do “Olympico”, o que é até hoje.
Consignou em toda a carreira, 862 tentos. Seria o 863 dia 9, porém foi anulado pelo árbitro. Na atual temporada, marcou seis tentos.
Campeão, no ano de 1962 e artilheiro – doze tentos, sendo vice artilheiro nesse ano, o atual presidente Braz, com onze tentos. Bi-campeão nos anos de 1966 e 1967, seria tri mas o “Liberdade” não deixou.
Casado com d. Terezinha de Souza Cabral, advindo desse feliz enlace três filhos: Jânia, Janilson e Julio Cesar Souza Cabral. Ambos os filhos já se despontam, sendo exímios batedores de bola nos intervalos de jogos.
Pretende encerrar sua carreira este ano, com o título de campeão, não se satisfazendo com os de campeão do torneio início e super-campeão do turno.
Este é o Alvim, o ídolo da torcida olímpica.
A Voz do Povo, 22.09.1973
Fonte: Reminiscência Esportiva do jornal O Norte Fluminense/por ECLB