As buscas pelo professor universitário Antônio Teodoro Dutra Júnior, conhecido como “Rosca”, chegam em seu terceiro dia. Familiares do professor voltaram hoje (12) ao Pico da Bandeira para acompanhar de perto a operação comandada pelo Corpo de Bombeiros de Guaçuí, com o apoio de bombeiros do Estado de Minas Gerais, do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e de voluntários.
Segundo informações da cunhada de Antônio, Roberta C. Benedito, as buscas foram retomadas por volta das sete horas da manhã. O irmão, Alisson Teodoro e o pai do professor aguardam notícias em um posto do Parque conhecido como “terreirão”, em terras capixabas. Alisson disse que grande parte da família aguarda notícias no lado mineiro do Pico.
Em terra, a procura por Antônio continua contando com o empenho de bombeiros dos dois Estados, funcionários do Parque, brigadistas, guias turísticos e voluntários que conhecem a região.
Um cão farejador militar chegou na tarde de ontem, juntamente com a aeronave do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), para auxiliar nas buscas. O animal é treinado para atuar em situações como estas. Durante todo o dia, a aeronave realizará sobrevoos estratégicos em toda a área do Parque.
Na noite em que Antônio subiu havia previsão de chuva para a madrugada. Um dos guias turísticos do Parque, Jorge Adriano Peixoto de Oliveira, chegou a cancelar a subida com um grupo de turistas no mesmo sábado (8) ao receber esta informação. “Ali você está em um lugar extremo. É preciso muito cuidado e preparação”, afirma o guia.
Até o momento não há confirmação se havia algum condutor do Parque acompanhando o grupo que estava o professor.
No início da tarde, o comandante do Corpo de Bombeiros de Guaçuí, capitão Heitor Lube, informou que as buscas pela manhã não deram resultado, sendo necessário dar continuidade aos trabalhos. “As buscas continuam e todos os recursos disponíveis e necessários para a operação estão sendo empregados, inclusive a aeronave dos Bombeiros de Minas Gerais chegou ao Parque agora no início da tarde e também vai nos ajudar na realização das buscas”, explicou.
O comandante também falou como foram as buscas pela manhã e como seguirão no fim da tarde. “As buscas hoje foram divididas, também, tanto pelo lado mineiro quanto pelo lado do capixaba. Nós distribuímos pela manhã, com o apoio da aeronave, duas equipes pelo lado mineiro em pontos que não foram efetuado as buscas no dia de ontem e pelo lado capixaba nós distribuímos outras quatro equipes, três equipes também com o apoio da aeronave. Sendo uma delas a equipe de cães que está fazendo buscas no último local onde a vítima foi avistada no sábado de madrugada. As equipes foram distribuídas e nesse momento elas se encontram no alto da montanha. A gente vai aguardar as equipes que estão em campo retornarem à base, porque a comunicação com a montanha é um pouco dificultosa. E no final da tarde, no caso de insucesso das operações, a gente vai replanejar a operação para iniciar também amanhã pela manhã”.
As visitas ao Parque Nacional do Caparaó continuam e, inclusive, a princípio, os agendamentos de subida ao pico não foram cancelados. Apenas os locais onde há presença da equipe de cães está proibida a passagem de turistas.
A entrada da imprensa no Parque não está permitida e a reportagem não conseguiu contato com o diretor do Parque por ele estar empenhado nas buscas do professor universitário.
Aqui Notícias/Foto: Divulgação e João Paulo Coelho