O casal de pastores presos em Guarapari, podem ter sido vítimas de uma extorsão. É o que afirma o advogado do casal, ao jornal A Tribuna.
O advogado criminal Flávio Fabiano, disse que os pastores da Igreja Assembleia de Deus Ministério Semeando Fogo, de Venda Nova do Imigrante, Adriano Welten Faiolli, 36 anos, e Ediana Luzia Frontini, 47, não poderiam ter sido presos.
A prisão aconteceu na tarde de quinta-feira, pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Guarapari, em cumprimento ao mandado de prisão temporária expedido. Uma terceira pessoa também foi presa, apontada como executor do crime, Wellington da Silva Gomes, 34.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, que teve inclusive quebra do sigilo telefônico, Luciano Laís Pessoti, na época com 40 anos, teria sido morto por Wellington, a mando do casal, em virtude de uma briga por terreno. Wellington confessou a morte, e disse que foi em legítima defesa.
Mas o delegado responsável pelo caso, Franco Malini, explicou que “Wellington foi preso e disse que agiu em legítima defesa, mas não procede. Ele deu um tiro no Luciano, Luciano não tinha arma e ele foi muito espancado, o que não configura legítima defesa. Primeiro ele deu um tiro nele (Luciano), que estava passando de moto. A vítima caiu e Wellington chegou a espanca-la. Luciano morreu por traumatismo craniano”.
O advogado do casal de pastores, confirma a morte por Wellington, e disse que o assassino extorquiu os religiosos, sob ameaça de incriminar os pastores.
“Além de cometer o crime de homicídio, até para preservar a própria vida, conforme sustentou, o executor passou a exigir que Adriano e Ediana, proprietários e patrões, pagasse um advogado de defesa, sob ameaça de mentir para a polícia e incriminar os pastores. O que configura um crime de extorsão”, esclarece o advogado Flávio Fabiano.
E completa. “Desesperados, os acusados Ediana e Adriano, até em razão de sua origem humilde, por medo de serem acusados por algo que não fizeram, cederam às ameaças do Executor, até temendo às próprias vidas. Os pastores efetuaram os pagamentos de honorários advocatícios mediantes cheques pós-datados”, disse o advogado.
Com isso, o advogado disse que foi diante de várias ameaças, que os pastores acabaram se tornando vítimas da situação e de um crime, e acabaram mantendo contato com o advogado do executor e efetuando o pagamento exigido. “Está tudo claro. Não são mandantes, mas sim, vítimas de extorsão”, disse o advogado.
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