A Promotoria de Guaçuí vai solicitar à Polícia Civil, nos próximos dias, que instaure um inquérito para apurar mortes de pacientes do setor de hemodiálise na Santa Casa do município. Uma denúncia feita ao Ministério Público Estadual (MPES) revelou que, somente no ano passado, 16 pessoas morreram. Nos primeiros meses deste ano já foram registrados seis óbitos.
Ainda de acordo com o denunciante, que faz uso do setor, pacientes chegam a esperar por até cinco horas para fazer o procedimento de filtragem do sangue. As máquinas usadas no tratamento também apresentam defeitos constantes e ficam paradas por dias.
O MPES afirmou que após as investigações, se comprovadas as mortes por ineficiência no atendimento da hemodiálise, os proprietários da empresa que presta o serviço serão responsabilizados pelos óbitos. Além dessa denúncia, os responsáveis pelo setor de hemodiálise da Santa Casa são investigados pelo órgão ministerial e citados na operação “Carro de Boi”, deflagrada na última semana e que investiga irregularidades nos contratos da UTI. Onze pessoas, entre médicos, gestores e ex-gestores do hospital foram presas na operação.
Estão em liberdade
O médico Waldir de Aguiar Filho, foi solto um dia após ter sido preso pelo Gaeco. Ele teve o pedido de prisão preventiva revogado pelo juiz Bruno Fritoli Almeida, já que não existiam provas suficientes para uma suposta participação no esquema.
Ontem quem também foi solto foi o ex-provedor Renato Monteiro Pinho.
Continuam presos
Entre os presos estão o provedor da unidade José Areal Prado Filho, o superintendente Denis Vaiz da Silva Ferreira, os empresários Carlos Alberto de Almeida, os médicos Eduardo José de Oliveira Almeida, Victor Oliveira Almeida, Jeovah Guimarães Tavares, Hélio José de Campos Ferraz Filho e Daniel Sabatini Teodoro, além do ex-provedor e atual vereador Valmir Santiago (PTB).
Santa Casa
Ontem, a reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Santa Casa de Guaçuí e foi informada que apenas hoje (15) poderia se manifestar sobre a denúncia das mortes. Segundo a assessoria, o expediente da pessoa responsável pelo setor é às segundas, quartas e sextas-feiras.
Audiência Pública
No dia 27 de junho, o Ministério Público vai promover uma audiência pública, às 19h, com o tema “A Santa Casa de Misericórdia que queremos”. O evento será aberto ao público.
O órgão reforça, que denúncias, podem ser feitas na sede do MPES ou por meio da ouvidoria. Não é preciso se identificar.
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