Uma base administrativa da Petrobras, com mais de 1.700 funcionários, incluindo terceirizados, será desativada até o final de 2020. A notícia foi dada, na noite dessa quinta-feira (11), pelo coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-NF), Tezeu Bezerra, que destacou, com preocupação, a falta de transparência da estatal, especialmente em um momento de redução de custos. Segundo Tezeu, o fato, já confirmado pela Petrobras, chegou ao conhecimento dos trabalhadores da base por meio de ligação de um repórter da Agência Reuters.
O diretor alega que nem mesmo o setor de Gestão de Pessoas da Petrobras tinha conhecimento da decisão do encerramento das atividades no Edifício Novo Cavaleiros (Edinc), em Macaé, até dezembro do ano que vem. Também a Reuters não teria tido a estatal como fonte da desativação do Endic, mas sim uma notícia divulgada no último dia 8, na área do setor imobiliário, anunciando a “descontinuidade das operações”.
Ainda de acordo com o Sindipetro, a Petrobras teria informado que a entrega do prédio não afetará petroleiros e terceirizados do Norte Fluminense, que inicialmente serão direcionados para Imbetiba e para o Parque de Tubos. “Mas não se tem certeza de nada, nem sequer uma informação concreta sobre tudo isso. E isso é muito grave, porque mostra que não há planejamento. É preciso lembrar, que, no início do ano, o gestor de Pessoas da Petrobras falou que ‘quem sobrasse estava na rua’. Vamos fazer assembleia esta semana e nos mobilizar contra quem quer destruir da Petrobras e, principalmente, a classe trabalhadora”. A assembleia está marcada para a próxima terça-feira (16), às 13h.
Por meio de nota, a Petrobras informou que "tem feito esforços nos últimos anos para reduzir custos com aluguel de imóveis. Como parte desse processo, a companhia decidiu encerrar suas atividades no Edifício Novo Cavaleiros (Edinc), em Macaé, no Rio de Janeiro. As pessoas que trabalham no edifício passarão a ocupar outras instalações administrativas da Petrobras na cidade, onde prédios foram reformados para absorver novos postos de trabalho. A redução dos gastos com prédios administrativos faz parte do Plano de Resiliência da Petrobras, divulgado em março de 2019."
Folha1