De família de avós e tios músicos, desde cedo desenvolveu sua habilidade para esta arte, principalmente a partir da Lira 14 de Julho, onde iniciou o aprendizado de tambor e tarol.
Áureo Fiori se recordou de que quando tinha 7 anos de idade, trocou "pela primeira vez o suspensório por cinto. E quando participava da alvorada no dia 14/07/1940, ao romper na rua Francisco Diniz, o tambor que tocava apoiado no cinto acabou arriando o calção", deixando a parte as partes baixas de Áureo à mostra de todos. "Foi um riso geral e a banda teve de suspender a apresentação" até o jovem instrumentista se recompor com suas vestes.
Áureo teve três professores de música, destacando o professor Sebastião Gomes Filho, conhecido como "Fio Bernardo". O segundo professor de música foi o "negro Sebastião Ferreira" e o terceiro, Ezequiel Tito de Almeida, seu tio "Tuca".
Recordou-se que tinha de estudar a cartilha musical "Alex Garudet", de Carlos Gomes, e se por ocasião da prova acontecesse de tocar alguma nota errada, seu professor o "convidava" a retornar a fazer a prova na semana seguinte.
Na escola regular, estudou na Escola Isolada de Rosal até a 4ª série, tendo como professoras Altiva Alti, Rosinha e Guiomar, esposa de Gauthier. Devido à sua estatura (conta com mais de 1,80 m), Áureo foi também requisitado a atuar como goleiro nos tempos de juventude.
Foi prestar o exame de admissão em Campos dos Goytacazes, no Colégio Batista, quando contava com 13 anos, mas não obteve êxito. Posteriormente, seu pai o matriculou na Escola Mercês Garcia Vieira, em São José do Calçado (ES). Em seguida, mudou-se para Cachoeiro de Itapemirim (ES),onde estudou no "Ateneu Cachoeirense", ligado à Igreja Presbiteriana. Tratava-se de um colégio industrial onde estudava em troca do trabalho realizado para a construção do prédio do educandário. Foi ali que aprendeu a respeito de 7 profissões.
Quando completou 18 anos de idade, tentou servir o Exército no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, mas só conseguindo se alistar no Tiro de Guerra de Rosal, que estava sob o comando do "Sargento Raul".
Áureo possui quatro filhos: Sueli, professora aposentada, Walter e Walder, funcionários da Embratel no Rio de Janeiro e Suelena, professora em Bom Jesus do Norte(ES). Possui quatro netos.
Casou cedo, com cerca de 22 anos de idade, com Virgínia Capacia, que morava na na região de Água Limpa, em Rosal.
Seu pai era farmacêutico e proprietário da Farmácia Confiança, em Rosal.
Áureo disse que nunca gostou de ser maestro, porque "não tocava instrumentos". Seus instrumentos prediletos eram o trombone e a clarineta.
Áureo Fiori e a Lira Operária
Foi maestro da Lira Operária, em Bom Jesus do Itabapoana (RJ),por cerca de 22 anos.
Depois da Lira Operária, Áureo Fiori foi maestro da Lira 26 de Julho, de Apiacá (ES),onde atuou por cerca de 8 anos, durante o último ano da gestão da prefeita Hilda Bastos e durante os mandatos do prefeito Aladir Chierici. Na ocasião, recebeu o título de cidadão apiacaense. Foi maestro também da Banda do Colégio Ari Parreira, de Laje do Muriaé (RJ).
Atuou ainda na Lira 19 de março, de São José do Calçado (ES), até 2010, quando, devido a uma queda, fraturou o fêmur, o que o impossibilitou de continuar seu trabalho.
Colaborou na fundação da Banda de Música do Colégio Padre Mello, de Bom Jesus do Itabapoana, da Banda Marcial Terezinha Juliana,em são José do Calçado, da Banda do Colégio Zélia Gisner e da Banda do Colégio Antonio Honório.
Áureo Fiori no comando da Banda do Colégio Rio Branco
Na década de 1960 foi maestro da Banda de Música do Colégio Rio Branco. "O Dr.Luciano Bastos me convidou para organizar uma Banda nos moldes da Lira Operária. A Banda do Colégio Rio Branco se apresentou no Clube Caio Martins em Niterói e no tradicional educandário daquele município, o São Vicente de Paulo".
Com a paralisação da Banda do Colégio Rio Branco, "o Dr.Luciano Bastos resolveu doar os instrumentos para a Lira 14 de Julho, de Rosal, permitindo que esta tradicional Lira se reerguesse novamente".
Em 1970, houve um encontro histórico com o consagrado cantor Orlando Silva, nas dependências do Big Hotel. No ano de 1979, encontrou-se em Niterói(RJ) com o famoso maestro bonjesuense Walter Rosa, que trabalhava para a TV Globo, ocasião em que recebeu de presente por parte do mesmo um saxofone e uma clarineta.
Com espírito juvenil, levou adiante o projeto da Lira Calheirense, desenvolvido em parceria com a Associação dos Amigos do Memorial Governadores Roberto e Badger Silveira e a Escola Municipalizada Cel. Luiz Vieira de Rezende. Ele lecionou música gratuitamente para jovens que integrariam a Lira Calheirense.
MAESTRO ÁUREO FIORI VIVE!!
O Norte Fluminense