Neste exato momento, 22h30, está sendo feito a demolição dos dois quiosques da Praça Pedro Vieira, em São José do Calçado. Há alguns meses, o Prefeito da cidade, Antonio Coimbra de Almeida – Cuíca (PSB), enviou um projeto para a Câmara solicitando autorização para a demolição dos prédios, que foi rejeitado pela Câmara. Porém, de acordo com o Vereador Roberto João, o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, concedeu cautelar autorizando a demolição dos quiosques. Tem pouco mais de uma hora que as máquina, caminhões e funcionários chegaram ao local e iniciaram o desmanche dos quiosques. A demolição já era um desejo do atual prefeito, mas teve seu projeto rejeitado na Câmara, tendo os votos favoráveis apenas dos vereadores Maurício do Hospital (PP), Pedro Paulo (CIDADANIA) e José Manoel (Dem). No entanto mesmo com o projeto não aprovado pela Câmara, a demolição dos quiosques está acontecendo.
O vereador Roberto João (CIDADANIA) se manifestou quanto ao fato na Sessão realizada hoje.
- Eu havia sugerido que fosse realizada uma audiência pública, porque eu sabia que o clamor popular falaria mal alto, e eu sabia que a maioria da população não seria favorável a retiradas dos quiosques – disse Roberto João.
Durante a Sessão da Câmara de Vereadores nesta noite, a Vereadora Janaína Beline (PSB), não escondeu sua indignação.
- Quando votei contra a demolição dos quiosques, votei porque consultei a comunidade que eu sirvo. E hoje, eu me sinto atropelada pelo executivo e pelo Tribunal de Justiça – lamentou a vereadora.
O Vereador Marvem Menezes (PSB), que por muito tempo ficou no comando de um dos quiosques, também se manifestou contra a atitude do prefeito.
- O senhor pode ter certeza Prefeito, que o que o senhor fez hoje, não é em tom de ameaça não, o senhor vai pagar perante a Justiça, caro – avisou o Vereador Marvem Menezes.
O Presidente da Câmara de Vereadores de São José do Calçado, Waguinho França (PT), também se posicionou contra o ato.
A maioria de nós vereadores foram desrespeitados, e de uma forma assim, covarde e humilhante pelo senhor prefeito – disse indignado o Presidente.
A decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo saiu a poucas horas, e foi recebida com comemoração pelo executivo do município, com fogos e início das demolições.
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