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sexta-feira, 15 de abril de 2016

GUARDA MUNICIPAL DE CAMPOS É INVESTIGADO NO CASO DE ASSASSINATO DA ESPOSA

Guarda Municipal de Campos é investigado no caso do assassinato da esposa
O delegado titular da 146ª Delegacia Legal (DL/Guarus), Luís Maurício Armond, realizou uma coletiva na tarde desta quinta-feira e informou que o guarda civil municipal Uenderson Mattos e o primo dele, que também é guarda, estão sendo investigados pela morte da analista judiciária, Patrícia Manhães Gonçalves Mattos, de 42 anos. Ela era esposa de Uenderson e foi morta com dois tiros, sendo um no rosto e outro de raspão na cabeça, dentro do próprio carro, um Spin preto, na frente do Grupamento Ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM), onde funcionou a antiga Ceasa, no Parque Boa Vista, na noite da última quarta-feira (13). O corpo de Patrícia foi enterrado nesta quinta-feira, às 13h, no Campo da Paz.
Armond também contou detalhes de como apreendeu duas armas de fogo: uma pistola que pertence a Uenderson e um revólver calibre 38, do primo dele. “Eles (marido e primo) estavam com ela no local e vamos avaliar os álibis, as versões que eles falam, e contrapor com atividades de buscas de provas. Estamos investigando para ver se existe uma tendência nesse sentido ou não. Mas, por enquanto, eles não são suspeitos”, disse Armond, acrescentando que não descarta nenhuma hipótese: execução ou latrocínio – roubo seguido de morte. 
Após o crime, Uenderson e o primo passaram por exames residuográficos, a fim de detectar a presença de íons ou fragmentos metálicos de chumbo em suas mãos. Armond ainda disse que será feito confronto balístico entre o revólver 38 encontrado na casa do primo de Uenderson e o projétil, a princípio, do mesmo calibre, apreendido no interior do carro da vítima. As análises devem ficar prontas em, no máximo, 30 dias. “Tanto o marido, quanto o primo, foram ouvidos. Ainda no local (do crime) eles foram questionados se tinham arma de fogo e disseram que sim. Fomos às residências deles e arrecadamos, na casa do primo, um revólver de calibre 38 desmuniciado, mas com munições numa bolsa e algumas cápsulas deflagradas e uma pistola com munição na casa do marido. Apreendemos alguns objetos também. Estamos desenvolvendo as investigações nesse sentido e em breve daremos uma resposta concreta dos fatos”, destacou.
Hipótese de execução não foi descartada
Segundo Luís Maurício, as primeiras informações chegadas davam conta de que teria ocorrido um latrocínio e que a vítima havia sido socorrida pelo marido e o primo dele dentro do carro do casal. Autoridades revelam que outras hipóteses também são investigadas.
Já no Hospital Ferreira Machado (HFM), onde Patrícia tinha vindo a óbito minutos após dar entrada na unidade, o delegado soube pelo marido dela que o casal teria ido à sede da Guarda Ambiental para deixar um material de pesca para o primo de Uenderson. 
Ainda segundo Armond, Uenderson também teria dito, em depoimento, que estacionou o veículo na entrada da sede e, no momento em que adentrou no local para conversar com o primo, teria ouvido, a princípio, três disparos de arma de fogo e, quando olhou, não conseguiu ver quem seriam os possíveis autores.
Foi feita perícia do veículo no mesmo local, onde foi verificado que houve mais duas transfixações na porta do Spin. Ainda foram arrecadados outros fragmentos de cápsulas, a princípio, do mesmo calibre, no interior da porta. Uenderson e o primo também tiveram seus respectivos celulares apreendidos. “Não existe uma vertente investigativa só. A gente trabalha com mais de uma linha e diversas vertentes. Mas só vamos poder chegar a verdade do que ocorreu na noite do crime com o desenrolar da investigação”, reforçou o delegado adjunto da 146ª DL, Pedro Emílio Braga. 

Kelly Maria/O Diário

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