Uma cena assustou alunos e funcionários da escola municipal Ana Busato, em Atílio Vivácqua. Um estudante de 17 anos pegou uma faca na cozinha da unidade de ensino e esfaqueou um colega. Depois, pulou o muro e fugiu.
O fato ocorreu na tarde de quinta-feira. A vítima, um garoto de 17 anos, que mora numa casa de acolhimento da cidade, sofreu um corte debaixo do braço e escoriações. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Comunitário Drª Andrea Canzian Lopes, onde levou três pontos no local ferido, e liberado.
A vítima contou que saiu da sala de aula para ir ao banheiro e o agressor foi atrás dele, com uma tesoura. No banheiro, o outro rapaz tentou agredi-lo com chutes e com a tesoura, mas acabou sendo desarmado.
Insatisfeito, ele foi até a cozinha, pegou uma faca e quebrou uma vassoura e com os dois objetos foi novamente atrás do jovem que, dessa vez, estava no pátio da escola. Estudam à tarde na unidade de ensino 384 alunos.
“Ele conseguiu machucá-lo, mas graças a Deus foram ferimentos leves, isso porque o menino agredido conseguiu lutar e tirar a faca das mãos do outro aluno. Mas todos da escola ficaram muito abalados”, explicou a diretora Fernanda Delorence.
Preocupada, a diretora suspendeu as aulas ontem, no período da tarde, e convocou reunião com os funcionários e a secretária de Educação. Ela solicita a contratação de um segurança durante o dia. Na segunda será realizada reunião com os pais.
O Conselho Tutelar foi acionado e se dirigiu à escola. “Quando cheguei o agressor já havia fugido. A polícia estava no local e o menino ferido muito assustado. Nós o levamos até o hospital”, ressaltou a conselheira Ana Maria Martins.
Testemunhas relataram à polícia que não foi apenas uma briga. O agressor teria tentado matar o outro aluno, mirando o seu peito. A direção da escola informou que vai solicitar a transferência dele, segundo determina o regimento.
A vítima é natural de Ibitirama, na Região do Caparaó. Sem o cuidado dos pais, o menino foi conduzido ao abrigo em Atílio Vivácqua há cerca de dois anos. “É um garoto muito bom, tranquilo. A cidade o acolheu muito bem”, disse a conselheira.
A Polícia Civil ouviu a vítima, que foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) de Cachoeiro para exame de corpo delito. O caso também será remetido ao Ministério Público do Espírito Santo.
Jornal fato
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