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sábado, 6 de abril de 2019

“CRUEL, MUITO CRUEL”: EMOCÃO TOMA CONTA DE JANUÁRIO DE OLIVEIRA NA VOLTA AO MARACANÃ

Januário conversa com Valdeir, Sávio, William e familiares de Ézio no Maracanã — Foto: Guilherme Oliveira
Januário conversa com Valdeir, Sávio, William e familiares de Ézio no Maracanã — Foto: Guilherme Oliveira
Ao pisar o gramado do Maracanã, Januário de Oliveira caminha bem devagar com o auxílio da sobrinha e de uma muleta. Aos 79 anos, o famoso narrador, que tem diabetes, já não conta mais com a visão que lhe possibilitou durante décadas transmitir com emoção partidas de futebol.
No telão do Maracanã, os gols e seus bordões tomam conta do estádio vazio: "cruel, muito cruel", "é disso que o povo gosta", "taí o que você queria".
Enquanto sente à flor da pele a atmosfera do local, outros cinco personagens acompanham todas as reações do narrador a menos de 10 metros de distância. São ex-jogadores que ficaram eternizados por seus famosos bordões. Sávio, o "anjo louro da Gávea". Valdeir, o "The Flash". William, tricampeão carioca pelo Vasco, e, representando o Fluminense, a viúva e o filho do já falecido "Super Ézio".
- Sempre falo com meu filho, super-herói é para isso. Esse bordão faz parte da nossa vida. Obrigado por ter feito o nome do meu marido ter ficado tão grande - diz Isabela Nogueira, viúva de Ézio, para Januário.
Sávio se emocionou ao rever Januário e conversar com o narrador.
- O senhor é uma pessoa muito especial na vida, na minha carreira. Hoje, de 10 torcedores do Flamengo, os 10 falam o "anjo louro da Gávea". Isso é muito especial pra mim.
Valdeir adota discurso semelhante no papo com Januário
- Ninguém conhece só o Valdeir, tem que ser o "The Flash". Isso graças ao mestre Januário.
Em um Maracanã de emoções, Januário afirma:
- Pode ter certeza de que ganhei mais 10 anos de vida com essa homenagem - contou com emoção o inesquecível narrador.

Globo Esporte


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