O deputado André Corrêa saiu do presídio Bangu 8 aos gritos de 'ladrão'. 'Humilhados serão exaltados', disse o parlamentar Foto: Domingos Peixoto / Domingos Peixoto
O deputado Marcos Abrahão deixou o presídio de máscara Foto: Domingos Peixoto / Domingos Peixoto
Os quatro deputados estaduais presos na Operação Furna da Onça, que estavam no presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericino, deixaram o sistema penitenciário, na tarde desta quinta-feira. Quase 16h30, André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcus Vinícius Neskau (PTB) e Marcos Abrahão (Avante) saíram da cadeia a pé aos gritos de "ladrão" das pessoas que estavam no local.
— Preso sem ser condenado, sem ter direito a julgamento, sem sequer ser ouvido pelo juiz. Muito sofrido. Família sofre, mas acredito na Justiça. Tenho pra mim reputação estraçalhada. Tenho pra mim aquilo que eu acredito, a palavra que eu acredito, é que a justiça será feita. Sou inocente. E aqueles que foram humilhados serão exaltados - afirmou o deputado André Corrêa (DEM).
Questionado se irá à Justiça para tentar recuperar o mandato - suspenso pela Alerj -, ele disse que ainda vai decidir:
— Isso eu vou decidir lá na frente
Por unanimidade, os desembargadores da Primeira Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiram que o julgamento dos cinco deputados presos na Operação Furna da Onça deixará a segunda instância para tramitar na primeira, mais precisamente na 7ª Vara Federal Criminal, do juiz Marcelo Bretas.
No entendimento do tribunal, uma vez que a Assembleia Legislativa aprovou na terça-feira a soltura dos cinco, desde que não assumir o cargo na Casa, eles não têm mais foro privilegiado e, por isso, a competência do caso deixaria de ser do TRF-2. Os deputados são e André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcus Vinicius Neskau (PTB), Marcos Abrahão (Avante) e Chiquinho da Mangueira (PSC) - este último em prisão domiciliar
O Globo
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