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quinta-feira, 8 de abril de 2021

ITAPERUNA TEVE CRESCIMENTO DE QUASE 500% NAS EXPORTAÇÕES EM 2020, APONTA FIRJAN

Em plena pandemia, Itaperuna, no Noroeste Fluminense, ganhou destaque no mercado internacional com um crescimento de 489% no volume de exportações. O índice calculado pela Firjan, por meio da plataforma Rio Exporta, compara 2020 ao ano anterior. Ao todo, a região movimentou US$ 326 mil, principalmente carnes em direção a Angola.
É o caso de um frigorífico que possui cinco filiais em diferentes regiões do país, sendo uma delas em Itaperuna. No ano passado, foram enviadas para Angola 74 toneladas de charque – a carne seca industrializada -, e a expectativa para este ano continua em alta: em apenas três meses foram exportadas 40 toneladas, que já é mais da metade do montante enviado pela empresa em todo o ano passado.
“Trata-se de um produto de fácil manutenção, pois não precisa ficar em local resfriado, o que facilita a adesão em regiões mais carentes. E Angola tem o costume de usar o produto em sopão e também nas feijoadas, que são oriundas de lá. Agora vivemos a expectativa de mais uma grande remessa no meio do ano, devido a uma tradição de festas populares neste período naquele país”, conta Tayrone Alves, gerente da empresa.
“Isso é mais uma demonstração não só da força da região, como também da necessidade de se investir em obras de infraestrutura para escoar a produção, como a Estrada de Ferro 118. Sem contar que já temos o Porto do Açu, que mira cada vez mais no agronegócio. Com essas alternativas, o custo do frete diminui substancialmente, melhorando também o valor, a competividade dos produtos e a geração de emprego e renda”, defende o presidente da Firjan Noroeste Fluminense, José Magno Hoffmann.
Um exemplo disso são as exportações do frigorífico de Itaperuna, que exporta seus produtos a partir do Porto de Santos, em São Paulo, a cerca de 700 quilômetros da cidade. O Porto do Açu, que fica a 100 quilômetros do município, poderá se tornar, em breve, uma alternativa para diminuir em até sete vezes o custo do frete – e consequentemente, do produto. No ano passado, o Porto começou a importar fertilizantes, e a expectativa é de que comece a operar no agronegócio cada vez mais.
E foi justamente São João da Barra o único município do Norte Fluminense a registrar crescimento nas exportações, mas de apenas 3%, movimentando US$ 730 milhões. O principal produto exportado pela região foi de óleo bruto de petróleo, que, no geral, teve queda de 10%. No total, o Norte Fluminense teve queda de 26% nas exportações, muito por conta da pandemia, segundo especialistas. Neste caso, a China foi o principal parceiro da região com 46% do total exportado.
“A queda nas exportações do último ano se deu em virtude do impacto gerado pela pandemia no fluxo do comércio internacional. As indústrias paralisaram ou desaceleraram suas produções e em paralelo o consumo foi reduzido devido as restrições estabelecidas. Ações de restrições como fechamento de fronteiras, redução da disponibilidade de transportes internacionais e aumento excessivo no custo do frete, impactaram diretamente na redução das exportações e na interrupção de cadeias de fornecimento globais e, consequentemente, pressionaram o valor dos insumos” avalia Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan
Ascom/Firjan

Blog do Jailton da Penha

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