As características lembram muito os fornos indígenas de Calheiros que, apesar do nome, teriam sido construídos por desbravadores no século XIX.
Em 1986, pesquisadores estiveram em Calheiros e localizaram dois desses fornos. Um deles, que foi parcialmente destruído, acabou sendo reconstituído.
Em 1998, esteve em Calheiros a Dra Simonne Teixeira, Doutora em História e Doutora em Filosofia e Letras pela Universidade Autônoma de Barcelona, especialista em Arqueologia pela UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense), realizando pesquisa sobre o primeiro forno de Calheiros.
Em 2014, Dra Simonne esteve novamente em Calheiros, para observar a situação desse forno, que tinha sido destruído em sua superfície, por uma das máquinas que atuaram na construção do asfalto de Rosal.
O segundo forno, descoberto em 2017, motivou a vinda de arqueólogo Cláudio Prado de Mello, presidente do IPHARJ (Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro) que levou peças para análise.
A descoberta do novo forno, próximo à Usina Santa Isabel, pode indicar, segundo o secretário de Cultura, Turismo e Urbanismo, Raul Travassos, que o mesmo tenha sido obra dos desbravadores de Bom Jesus.
Com efeito, Antônio José da Silva Neném, oriundo de Rio Novo (MG), esteve em Bom Jesus em 1842, segundo pesquisa realizada por Padre Mello, que aqui chegou em 1899. Por outro lado, o estudioso Antônio Soares Borges crê que tal forno possa ter sido edificado por Antônio França, que possuía terras na região, no século XIX.
Seja como for, trata-se de uma grande descoberta, que o proprietário do sítio informou ter interesse em preservar.
O Norte Fluminense
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