A fraude consistia na alteração de dados cadastrais dos reais beneficiários, para que outras pessoas pudessem receber indevidamente os valores do auxílio
Um funcionário da Caixa Econômica Federal no Espírito Santo, foi detido em flagrante, nesta sexta-feira (22), suspeito de participar de um esquema de fraudes envolvendo recursos do auxílio emergencial. A ação de policiais federais da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários, contou com o apoio da Coordenação Nacional de Segurança e Fraude da Caixa Econômica Federal.
O auxílio emergencial é um benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, tendo como objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus. A Polícia Federal declara que a fraude nesse caso, além de crime, é um ato de desumanidade.
Entenda a ação
A Coordenação Nacional de Segurança e Fraude da Caixa Econômica Federal percebeu a atividade suspeita e alertou a PF. Já na agência da Caixa, policiais federais efetuaram a prisão no momento em que o funcionário praticava o crime.
Basicamente o funcionário recebia uma lista de CPFs, verificava as contas vinculadas com saldo do auxílio emergencial, alterava as senhas, repassava as novas senhas para quem lhe enviava os CPFs e, este, transferia os valores para contas de "laranjas".
Um percentual das parcelas do auxílio emergencial era devolvido ao funcionário do banco.
Levado para a sede da PF, o homem informou que foi aliciado por meio de mensagens eletrônicas, que não conheceu o aliciador, mas confessou que vinha realizando as fraudes desde o fim do ano passado.
A fraude consistia na alteração de dados cadastrais dos reais beneficiários, para que outras pessoas pudessem receber indevidamente os valores do auxílio. O empregado da Caixa era informado sobre os beneficiários que deveriam ter seus dados alterados, como telefone e e-mail. Isso permitia que, depois, os fraudadores tivessem acesso aos valores.
Os levantamentos iniciais confirmaram um desvio de R$ 140.000,00 e, estima-se, que os valores totais possam alcançar um milhão de reais.
Jornal Fato
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