Enquanto prepara e aguarda sua Exposição na Galeria do Vaticano, o fotógrafo/artista plástico bonjesuense embarca em seu mais novo projeto fotográfico, nos meses de abril e maio deste ano. Roulien Boechat conviverá com várias tribos no Pará e no Amazonas.
Tikuna, Guarani, Kaiapó, Pataxó e Yanomamis. Essas são apenas algumas das etnias indígenas mais conhecidas do Brasil. Imagine conseguir registros fotográficos dessas e outras etnias que povoam o país! Esse é o objetivo do fotógrafo, historiador e antropólogo social Roulien Boechat, criador do projeto "Raízes", e planeja seu livro com fotografias indígenas e paisagens do Amazonas.
A principal ideia de Roulien é mostrar o lado positivo do cotidiano dos indígenas, ou seja, fugir dos estereótipos. A viagem é imersiva em comunidades.
"A minha intenção é trazer o cotidiano dos nossos povos indígenas para as salas de aula, através de seminários e palestras, além de finalizar meu livro", completa Roulien.
"Eu sinto orgulho quando percebo que as pessoas passam a ver e entender o outro. Sou neto de índio, pertenço à etnia Pataxó, apaixonado pelas minhas raízes indígenas e africanas, e isso despertou o meu interesse de ir mais fundo e descobrir mais sobre minha família.
"Fotografar o outro é difícil, porque você tem que ter respeito, é como se fotografasse a si mesmo. Fazer com que seja reconhecido é, ainda, muito difícil, não é um trabalho simples. Mas sou incansável. O mais importante é mostrar, fazer com que os índios sejam conhecidos e respeitados", conclui.
O Norte Fluminense
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