Embora semelhantes, as funções do radar e dos equipamentos do Cerco Inteligente são diferentes. Entenda a diferença entre os dois
A semelhança entre dois equipamentos utilizados pelas forças de segurança no Espírito Santo causa dúvidas entre motoristas que trafegam pelas rodovias estaduais e federais. Trata-se das câmeras de radares de velocidade e as do Cerco Inteligente, do governo do Estado, que, embora parecidos, desempenham funções diferentes. Mas será que elas também multam?
Os radares, presentes em diversos pontos das rodovias que cortam o Espírito Santo, têm a função de fazer com que o motorista reduza a velocidade. Caso o limite estabelecido nos trechos não seja respeitado, o condutor imprudente pode ser punido com multa.
Ao todo, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), somente no Sul do Espírito Santo, mais de 30 radares estão instalados em pontos das rodovias federais. Na BR-101, os radares são de responsabilidade da concessionária que administra a via, a Eco101, enquanto a missão de multar fica a cargo da PRF.
"O radar é um equipamento importantíssimo na nossa missão de reduzir acidentes graves ou a gravidade dos acidentes. Segundo a legislação, o radar tem que ser um fator de segurança. Por isso, ele recebe toda sinalização, a indicação de que ali há um radar, para que o condutor entenda a necessidade de reduzir a velocidade naquele ponto", destacou o inspetor da PRF, Wylis Lyra.
Lançado em janeiro de 2022, com o início das operações em abril do mesmo ano, o Cerco Inteligente conta com 843 câmeras ativas em 290 pontos de monitoramento no Espírito Santo. O objetivo dos equipamentos é identificar, por exemplo, junto com a Segurança Pública, veículos com restrição de furto ou roubo, ou utilizados em algum crime. Dessa forma, os equipamentos não emitem infrações.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp), ao todo, em mais de um ano de funcionamento, o sistema ajudou a recuperar 476 veículos.
O subsecretário de Comando e Controle da Secretaria de Estado de Segurança, André Co, explicou que o Cerco Inteligente foi implementado para atender a algumas secretarias de Estado, entre elas a de Segurança, da Fazenda, a de Meia Ambiente e, recentemente, a de Turismo.
"Recentemente, a gente recebeu a Secretaria de Turismo querendo saber quais veículos que não são do Estado rodam no território capixaba, e em quais locais eles ficam. Com essa informação, eles conseguem fazer um planejamento para potencializar as questões do turismo no nosso Estado", detalhou.
No entanto, a função do Cerco de Inteligência ainda confunde muitos motoristas.
Instrutor de autoescola, Elias Guimarães confessa que, na dúvida de ser Cerco Inteligente ou radar de velocidade, a decisão é sempre a de reduzir velocidade, já que existe o receio de ser multado.
"Eu, particularmente, reduzo a velocidade. A gente nunca sabe o que pode acontecer", disse.
Por g1 ES
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