Os servidores públicos efetivos da prefeitura de Mimoso do Sul lotaram a Câmara Municipal neste sábado (15) para discutir o plano de cargos e salários e as perdas salariais acumuladas ao longo dos anos. A assembleia foi marcada por discursos contundentes dos representantes sindicais, que cobraram providências imediatas da gestão municipal.
Rubens Lovatto, presidente do Sindicato dos Motoristas e Operadores de Máquinas Municipais do Espírito Santo, destacou a insatisfação com a demora na implantação do plano de cargos e salários, promessa de campanha do prefeito Peter Costa. “Hoje estamos aqui para realizar a assembleia geral com todos os servidores de Mimoso do Sul, juntamente com o presidente do Sindipúblico, o senhor Derly, que também está junto com a gente nessa luta, tentando angariar para os servidores públicos benefícios que estão sendo deixados de ser implantados na prefeitura de Mimoso pelo prefeito Peter Costa. Uma dessas reivindicações, que é a mais importante, é o plano de cargos e salários, que foi usado como promessa de campanha e até hoje não foi implantado”, afirmou.
Lovatto também ressaltou a gravidade da defasagem salarial. “Na verdade, a perda salarial do servidor público de Mimoso do Sul passou de 50% ao longo dos anos. Desde a gestão da prefeita Flávia, o servidor vem perdendo. Isso tem mais ou menos uns 16 anos, contando todos os mandatos”, enfatizou.
Derly Gualandi, presidente do Sindicato dos Servidores Ativos e Aposentados de Mimoso do Sul, reforçou a urgência da questão. “O objetivo é a questão da perda salarial, o plano de cargos e salários e a nossa data-base do município, que os prefeitos não estão respeitando. O plano era para ter sido votado na gestão anterior, nos quatro anos passados, mas até agora não tomaram providência. Queremos pressionar o prefeito para que ele tome uma atitude”, declarou.
Ainda segundo Gualandi, a preocupação também se estende à situação previdenciária. “Estamos reivindicando aumento de salário desde governos anteriores e eles não dão o percentual que o governo federal define. Então estamos com uma perda salarial muito grande. Temos que tomar uma atitude, porque há muitos contratados e nossa preocupação é com a previdência, como que fica”, questionou.
Durante a assembleia, os servidores discutiram a possibilidade de decretar estado de greve, como forma de pressionar a administração municipal por respostas concretas e ficou definido um prazo de 30 dias para a administração municipal dar uma resposta aos servidores.
A reportagem tentou contato com o prefeito Peter Costa para comentar sobre as reivindicações e a situação dos servidores, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
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