Para ser um multiplicador ou multiplicadora de conhecimento na Defensoria Pública é preciso possuir duas habilidades fundamentais: ter sólidos conhecimentos em uma determinada área de atuação e ser um bom comunicador(a). Antes da abertura do processo seletivo para multiplicadores(as) promovido pelo Cejur e pela Diretoria de Gestão de Pessoas, a instituição já promovia palestras e cursos apresentados por servidores(as) para servidores(as).
A bom-jesuense Adriana Oliveira da Silva, 29 anos, bacharel em Direito e uma comunicadora habilidosa, tornou-se uma multiplicadora de conhecimentos institucionais após participar do Seminário Nacional “Qualidade e Eficiência no Atendimento na Defensoria Pública: experiências e desafios”, que aconteceu nos dias 28 e 29 de junho, na sede administrativa.
Lotada na 2ª DP de Bom Jesus do Itabapoana e comprometida com a melhoria no atendimento ao cidadão, a servidora falou com desenvoltura aos estagiários e servidores no órgão onde trabalha. Em sua palestra, transmitiu aos colegas o que aprendera no seminário. E tendo gostado da experiência, quer manter-se disponível para contribuir ainda mais com a melhoria na qualidade do serviço da DPRJ e, por isso, vai se inscrever no banco de multiplicadores.
Além de multiplicar conhecimentos na instituição, Adriana faz um trabalho voluntário de educação em direitos. Ela apresenta palestras para grupos de jovens e adolescentes em igrejas e paróquias de Bom Jesus do Itabapoana, município no noroeste fluminense.
— Desde que me formei, em julho 2016, venho fazendo palestras para grupos de jovens e adolescentes em igrejas que me convidam. Nesses eventos, eu falo sobre noções básicas de direitos e deveres do cidadão, tiro dúvidas e falo da importância da Defensoria Pública no Judiciário. Essa experiência tem sido muito boa. Após, ter realizado algumas palestras fora do órgão, tive a oportunidade de participar do seminário e, então, preparei um bom material para multiplicar com meus colegas.
Por melhor qualidade no atendimento
“Noções de qualidade no atendimento ao cidadão” é tema de um dos dezessete cursos, no eixo de formação institucional, previstos no Anexo I do edital que trata o processo seletivo de servidores(as) para o cadastro de multiplicadores. Para garantir a qualidade no atendimento ao cidadão que procura a Defensoria Pública, Adriana ressalta a importância da boa formação e da qualificação do servidor.
– Aprendi que quanto mais nos qualificamos, melhor para o nosso assistido e também para quem está realizando o atendimento, porque quando você entende o que está fazendo, o trabalho flui melhor – destaca. E continua:
– Em vista disso, ensinei aos estagiários e colegas a estudar o assunto do assistido que está agendado antes de atendê-lo, a fazer breves relatórios sobre o procedimento dele, informando o que vai acontecer no processo, ou acordo, e explicar tudo de forma que o assistido entenda que não é necessário que ele retorne ao órgão várias vezes.
Evitar o retorno desnecessário do assistido ao órgão/núcleo vai ao encontro dos principais desafios no atendimento que, segundo Adriana, afetam a 2ª DP de Bom Jesus do Itabapoana: encurtar as filas, diminuir o tempo de espera e desafogar a agenda de atendimento.
– Sempre é bom tentar melhorar esses pontos em nossa instituição – diz.
Trajetória: de estagiária voluntária à servidora
Adriana Oliveira da Silva ingressou na Defensoria Pública como estagiária voluntária na 2ª DP de Bom Jesus do Itabapoana, em junho de 2014. Três meses depois, no 7º período da faculdade de Direito, começou a trabalhar como estagiária oficial do órgão.
– O estágio foi uma experiência muito boa. Aprendi a elaborar peças e a fazer um atendimento humanizado para o assistido. E foi graças ao estágio que descobri a minha identificação profissional com a instituição – conta.
Devido a uma necessidade do órgão, em julho de 2015, Adriana foi contratada como servidora extra-quadro. Atualmente, ela faz a triagem dos assistidos, organiza o atendimento, chefia os estagiários e ajuda a defensora pública Ivana Araújo Mota no serviço interno do gabinete, com a divisão dos processos e elaborações de petições. Sua meta profissional é ser defensora pública.
Blog do Jailton da Penha JDP/Fonte: www.defensoria.rj.def.br