O caso dos meninos que foram levados pelo mar no último final de semana na Barra do Jucu, em Vila Velha, comoveu os moradores do Estado e trouxe o alerta para o risco de afogamentos. Com a proximidade do verão, o cuidado com crianças e adultos deve ser intensificado em praias, lagoas e cachoeiras.
O Gazeta Online pediu ao tenente-coronel Carlos Wagner Borges, do Corpo de Bombeiros, para elencar as praias mais perigosas do Espírito Santo.
Em Vila Velha, o coronel destacou o trecho compreendido entre a Praia da Baleia, em Ponta da Fruta, e a Barra do Jucu. "Há ondas mais altas e fortes com quebra próximo à areia".
Já em Vitória, um dos pontos mais perigosos é a Curva da Jurema.
Em direção ao Norte do Estado, a Praia de Guriri, em São Mateus, exige mais atenção. "Lá tem muitos redemoinhos", diz o coronel.
Nesses locais citados, a recomendação dos bombeiros é entrar no mar somente quando tiver salva-vidas.
Abaixo, veja uma lista de pontos que exigem mais atenção no litoral capixaba, de acordo com lista do Corpo de Bombeiros.
LOCAIS DE ATENÇÃO NO ES
São Mateus
- Guriri: A maioria dos banhistas é formada por turistas, que entram na água sem ter conhecimento do lugar, caracterizada por ondas fortes e correntes de retorno, que podem sugar as pessoas para o fundo.
Linhares
- Lagoa Juparanã: A ordem é só frequentar as praias com salva-vidas e só entrar na água nas áreas demarcadas, que são próprias para os banhistas. Fora delas, o risco são as embarcações. As águas calmas escondem riscos.
- Regência e Povoação: É onde deságua o Rio Doce. A corrente é forte e pode levar o banhista para o fundo.
- Pontal do Ipiranga, rio Urussuquara (a 20 quilômetros de Pontal do Ipiranga): O cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.
Aracruz
- Barra do Sahy: O cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.
Serra
- Jacaraípe: A praia tem ondas fortes e muitos surfistas. Os banhistas devem evitar ficar perto deles, pois as pranchas podem ferir as pessoas. Atenção também à correnteza de retorno.
- Nova Almeida e Praia Grande (Fundão): Há rio perto. Quando a maré está vazando e a correnteza está muito forte, há perigo de o banhista ser levado pela correnteza.
Vitória
- Curva da Jurema: A praia tem buracos, que vão de 10 a 12 metros de profundidade. Quem cai neles e não sabe nadar muito bem acaba se afogando, pois não é possível pisar em algo para tomar impulso e sair do lugar.
- Praia de Camburi: As ondas são fortes em determinadas luas. Além disso, há as correntezas de retorno, caminho pelo qual a água das ondas volta pelo mar e, dependendo da força, pode arrastar uma pessoa. Essas áreas podem ser identificadas mais facilmente. São os pontos onde o mar fica mais barrento.
Vila Velha
- Coqueiral de Itaparica: O maior problema são as ondas fortes, que podem machucar. Também possui correntezas de retorno.
- Barra do Jucu: Além das ondas fortes, há o rio, que sempre indica perigo. Quando a correnteza está muito forte e a água vazando, a pessoa pode ser arrastada para as partes mais profundas do mar.
- Praia da Costa: Perigo para os aventureiros. Próximo ao local onde ficam os barcos dos pescadores, os banhistas costumam pular na água, o hábito é um perigo, pois existem pedras no fundo e as pessoas podem bater a cabeça.
- Praia da Baleia: Próximo da igrejinha na Ponta da Fruta até a Praia de Morada do Sol. É um trecho que leva muitos riscos aos banhistas, porque as ondas são altas, fortes e quebram praticamente na areia.
Guarapari
- Praia do Morro, das Virtudes, das Castanheiras e Enseada Azul: A calmaria da praia incentiva as pessoas a se aventurarem a nadar. Mas aqueles que não possuem bom condicionamento físico costumam passar mal, e acabam se afogando.
- Praia da Areia Preta: É funda. E depois de aproximadamente três metros da areia, em alguns pontos, quem não sabe nadar não encontra o chão e acaba se afogando.
Anchieta
- Castelhanos: A grande quantidade de crianças que frequentam a praia é sempre fator de preocupação, pois elas gostam de se aventurar nas pedras. Há o risco de escoriações, cortes e quedas, que podem ser fatais.
- Lagoa de Ubu: De um lado ao outro são aproximadamente 200 metros. Isso anima alguns a atravessar a lagoa. Mas quem não está fisicamente preparado pode acabar se afogando antes de completar a travessia.
Itapemirim
- Rio Itapemirim: Há buracos e correntezas intensas em alguns pontos, que costumam fazer vítimas.
Piúma
Apesar das águas calmas e rasas, os turistas podem ter problemas com passeios longos. A 1,5 quilômetros da praia há uma ilha, que muitos gostam de visitar. Na ida, geralmente, a maré está baixa e é possível ir andando, mas na volta, a maré pode subir e pegar os desavisados de surpresa.
Marataízes
- Praia da Cruz: Há ondas e as chamadas correntezas de retorno, por onde as águas voltam para o mar e puxam os banhistas para o fundo.
- Praia da Barra: Dois metros depois da linha da água começa a ficar fundo e os desavisados podem ter problemas.
Presidente Kennedy
O cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.
Lagoas da Grande Vitória em geral
Além do afogamento, pois é mais difícil nadar na água doce, onde os nadadores se cansam mais rápido, há ainda o risco de as pessoas ficarem presas na vegetação.
Gazeta Online (Com informações de Laila Magesk e Rádio CBN Vitória)