Só neste mês foram vários relatos de assaltos e tentativas de assaltos no trecho onde estão os quebra-molas. A Fotojornalista Lúcia Alonso foi uma das últimas vítimas
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) começou a remover alguns dos quebra-molas que foram instalados na RJ-158 entre os municípios de Campos e São Fidélis. São sete quebra-molas em um trecho de aproximadamente dois quilômetros. Eles começaram a ser instalados na rodovia em setembro de 2016, após um grave acidente provocado por um desnível na rodovia. Ao invés de corrigir o desnível, o DER-RJ achou melhor e mais barato colocar quebra-molas. A retirada atende aos pedidos da população e dos usuários da rodovia que vinham sofrendo com os constantes crimes na estrada que ficou conhecida como “rodovia do medo”. Segundo os usuários da via, criminosos estavam aproveitando o momento em que os motoristas eram obrigados a reduzir a velocidade, devido aos quebra-molas, para cometerem os assaltos. Foram inúmeras vítimas ao longo dos anos e diversos relatos neste último mês.
Diante de tantos assaltos a população fidelense começou a se mobilizar nas redes sociais. Alguns moradores entraram com uma ação no Ministério Público. Outros se mobilizaram em conseguir assinaturas em um abaixo-assinado virtual, que já colheu mais de 5 mil assinaturas. O pedido de retirada feito pelos moradores de São Fidélis foi reforçado pelo major Frederico, atual comandante da 4ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual, unidade responsável pelo trecho. Segundo o major, o BPRv faz patrulhamento e baseamento na rodovia, principalmente na hora do rush matutino e vespertino para garantir a segurança do cidadão sobretudo nos horários de ida para o trabalho, colégio e faculdade. O comandante lembrou também que as vítimas precisam fazer o registro na delegacia, pois mesmo diante de tantos relatos ocorridos nos últimos dias, apenas um foi comunicado à polícia.
A rotina de crimes na RJ-158 estava impondo medo, preocupação e desespero a quem precisa passar pela rodovia. Muitos andam até acima da velocidade permitida pela via para concluir o trajeto o mais rápido possível. A Fotojornalista Lúcia Alonso foi uma das últimas vítimas. No começo do mês ela foi rendida, sequestrada e ameaçada. A vítima teve uma arma apontada para o pescoço e foi obrigada a dirigir por cerca de 30 quilômetros com um bandido dentro do seu próprio carro. De acordo com o engenheiro da Residência de Obras e Conservação (ROC) do DER, Bruno Ferreira, nesse primeiro momento serão retirados quatro quebra-molas. Os trabalhos de remoção começaram na tarde desta segunda-feira (29) e vão continuar nesta terça-feira (30). Posteriormente o DER fará um estudo para definir se será colocado um radar no trecho.
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