Foto:Folha da Manhã
O pai da pequena Kamylli Rodrigues, de 7 anos, reconheceu o corpo, que
foi encontrado boiando na praia do Açu, em São João da Barra, na tarde desta
terça-feira (21), por militares que percorriam a costa da região. A menina
desapareceu no mar do Farol de São Thomé nesse domingo (19). Desde o incidente,
equipes do Corpo de Bombeiros de Campos trabalhavam para encontrar a criança,
com auxílio da Marinha.
O
corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Campos, onde
passará por perícia, para ser liberado para sepultamento.
No
IML, bastante emocionado, o avô de Kamylli, Sergio Rodrigues, falou
sobre os sonhos da pequena.
"Ela
era minha companheira de dança. E agora? Quem vai dançar comigo? Sempre falou
para mim que queria ser bailarina. Uma neta maravilhosa, extremamente
carinhosa. Realmente vai ser muito difícil ficar sem ela aqui. Mas que Deus
conforte o nosso coração", afirmou o avô e padrinho da menina, Sergio
Rodrigues.
As
buscas na costa da região aconteceram entre Barra do Furado, em
Quissamã, e o Açu, em São João da Barra. Um navio,
um helicóptero e uma lancha da Marinha do Brasil participaram dos
trabalhos, juntamente com uma lancha do Corpo de Bombeiros de Campos.
A
administração do Porto do Açu informou que foi acionada pela Capitania dos
Portos de São João da Barra para prestar apoio na remoção de um corpo, que foi
encontrado em alto mar, próximo à área do empreendimento. A empresa
disponibilizou um dos terminais do Porto para atracação da embarcação e
retirada do corpo.
Afogamento — No último domingo, Kamylli estava na
beira do mar, acompanhada pelo pai e pelo irmão, quando foi arrastada por uma
onda mais forte. Nesta terça, familiares de Kamylli pediram mais assistência do
Corpo de Bombeiros para encontrar a criança. O pai da menina afirmou que o caso
não está sendo tratado com atenção. Por meio de um vídeo, ele
lamentou a situação e pediu à equipe dos bombeiros que “venha encontrar o corpo
da minha filha”.
—
Eu peço, por favor, que encontre o corpo da minha filha para que possamos
enterrá-la, para que possamos dar um enterro digno, e essa angústia de todos os
familiares e amigos venha a amenizar. Porque a dor e o sofrimento vão continuar
o resto da vida. As lembranças, boas e ruins, vão permanecer. Então, eu peço, por
favor, que encontre o corpo da minha filha, Kamylli Rodrigues. É o que eu peço
e, desde já, agradeço a todos os bombeiros, mergulhadores e salva-vidas —
declarou.
Folha da Manhã