Cada vez mais comuns, as criptomoedas têm atraído um público maior e diversificado. Famosos não são apenas rostos na publicidade, mas investidores (e defensores) do dinheiro virtual — que não é lastreado por nenhum país — no movimentado mercado cheio de novos termos e comportamentos. O Bitcoin é mais famosa nesta carteira virtual. O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, além de promover algumas empresas, lançou a sua própria moeda. Já o jogador Bruno fez propaganda e afirmou ser "day trade" da IQ Option, corretora que aparece na investigação sobre a morte do investidor e influencer Wesley Pessano Santarém no início deste mês.
Numa tendência mundial, a supermodelo brasileira Gisele Bündchen recentemente adquiriu uma participação acionária na plataforma FTX nos Estados Unidos, ao lado do marido, Tom Brady. Já o empresário, investidor e apresentador Roberto Justus chegou a vender um imóvel em Miami com todo o pagamento em Ethereum, que está entre as criptomoedas mais valorizadas.
Em meio à tanta empolgação e taxas que se valorizam — e desvalorizam — rapidamente, o cuidado deve ser redobrado com golpes, em especial através de esquemas de pirâmides, por meio de exchange, uma intermediária ou corretora que faz a transação de dinheiro para criptomoeda.
Veja alguns famosos brasileiros investidores e entusiastas da novidade
Gisele Bündchen: Em junho, a supermodelo adquiriu uma participação acionária na plataforma de criptomoedas FTX nos Estados Unidos, ao lado do marido, o jogador de futebol americano Tom Brady. O casal ainda atuará como embaixador da marca e assumirá cargos na empresa, a ser remunerado também em moedas virtuais.
Roberto Justus: O empresário, investidor e apresentador tem se envolvido cada vez mais no mercado de criptomoedas. Recentemente, ele vendeu um imóvel seu em Miami, nos Estados Unidos, e recebeu todo o pagamento em Ethereum. Justus disse, no momento, não ter investido em Bitcoin, mas em criptomoedas da WiBX, a primeira brasileira, no qual é consultor desde o ano passado. Ele falou sobre o assunto em entrevista ao podcast “Mesa Quadrada”, em agosto.
Kleber Bambam: O campeão da primeira edição do Big Brother Brasil (BBB), da TV Globo, busca constantemente formas de fazer com que o prêmio recebido em 2000, no valor de R$ 500 mil, renda. Além de trabalhar com redes sociais e se dedicar ao fisiculturismo, ele investe em imóveis, bolsa de valores e em criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, como contou em entrevista ao programa “Pânico”, da Jovem Pan.
Goleiro Bruno: Em maio deste ano, o jogador, condenado pela morte de Elisa Samúdio, anunciou em seu perfil numa rede social que havia se tornado “day trader” da empresa IQ Option. A corretora, com sede no Chipre, não tem autorização de atuar no Brasil. A empresa ficou no centro dos holofotes após a morte do investidor e influencer Wesley Pessano Santarém, assassinado em seu Porsche em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, no último dia 4.
Luciano Szafir: O ator também apareceu como garoto-propaganda da IQ Option, em abril. Na divulgação, em um vídeo, Szafir anunciava ganhos de até 300% ao mês com “robô da Nasa”. Ao ser questionado por seguidores, ele voltou atrás, pediu desculpas pela propaganda e solicitou que o material fosse retirado do ar.
Ronaldinho Gaúcho: O ex-jogador da Seleção Brasileira estampou e estampa publicidades de criptomoedas. As parcerias, no entanto, são um pouco turbulentas. Ele foi garoto-propaganda de duas empresas suspeitas de operarem em esquema de pirâmide com Bitcoin - a 18k Ronaldinho e a LBLV, em 2019. A empreitada mais recente é à frente da criptomoeda Atari Token, que desde junho deste ano tem sido divulgada pelo jogador, inclusive em seu perfil oficial nas redes sociais. Em 2018, Ronaldinho apostou em sua própria criptomoeda, em parceria com a empresa chinesa WSC (World Soccer Coin), a Ronaldinho Soccer Coin. A marca tinha como objetivo se tornar a maior moeda digital do mundo do futebol.
Mionzinho: O ator e publicitário Victor Coelho, famoso por parceria com o apresentador Marcos Mion, contou em seu Twitter, em fevereiro deste ano, ter investimento em Bitcoins, quando a criptomoeda bateu recorde de cotação após anúncio da fabricante de carros elétricos Tesla em começar a aceitar a moeda como forma de pagamento por seus veículos. O valor chegou a 48,2 mil dólares. "Tenho ações da Tesla e tenho bitcoins, estou amando o @elonmusk sim ou óbvio?", escreveu na época.
Daniel Zukerman: O ator e humorista, conhecido pelo antigo quadro "O Impostor", do Programa Pânico, contou em entrevista, em dezembro do ano passado, que já acreditava na potência do Bitcoin em 2009, ano de lançamento da criptomoeda. Além de fazer um investimento, ele teria convencido o apresentador Emílio Surita, com quem trabalha, a comprar com ele.
Emílio Surita: O apresentador do Pânico, na Jovem Pan, contou durante um programa ter aproveitado a dica do amigo Daniel Zukerman para comprar Bitcoin ainda em 2010. Ele disse que "na época, perdia Bitcoin", e que hoje não sabe o que fazer "com tantas". Encerrando o breve assunto durante a entrevista com duas convidadas, ele disse: "Nunca pensei que isso aí ia virar o que virou". Atualmente, uma moeda ultrapassa o valor de R$ 240 mil.
Kim Kataguiri: O deputado federal afirmou por várias vezes investir em Bitcoin, e viralizou ao dizer que se arrependia de não ter comprado a criptomoeda ainda em 2009, quando o valor de mercado era baixo. Em junho, em entrevista ao "Podcast do Delegado Da Cunha", o parlamentar afirmou que a moeda deve continuar desregulamentada no Brasil, isto apesar do movimento contrário em outros países e na pressão interna para a regulamentação através de regras do Banco Central.
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