A Prefeitura Municipal de São José do Calçado, está realizando um trabalho de reforma e reestruturação das Praças Pedro Vieira e Governador Blay. Uma das medidas tomadas pela atual administração, está dividindo opiniões entre a população: o corte das árvores que faziam o contorno das Praças. As árvores arrancadas foram plantadas no governo do então Prefeito da época José Borges, na década de 70. Depois disso, a praça já passou por outras reformas, porém, sempre respeitando essa vegetações. Dessa vez, elas não escaparam, e sob a alegação de que a maioria estavam doentes e tomadas por cupins, a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, que é o órgão responsável por autorizar cortes de árvores urbanas, liberou a extração dessas árvores.
- O Prefeito apresentou um projeto de replantio de quatro árvores a cada uma dessas cortada. Além disso, foi feito um diagnóstico pela Secretaria, e foi constada que a maioria das árvores não apresentavam boas condições, e outras, comprometiam as estruturas das praças e dos calçamentos, sendo assim, como se tratava da reforma e reestruturação do local, a corte dessas árvores foi autorizado – explicou Diego Amaral, Biólogo do Município e responsável pelo licenciamento ambiental.
Apesar da Prefeitura estar amparada por lei, e ter tido a autorização para cortar as árvores, o corte delas gerou polêmica e revolta entre moradores da cidade, enquanto uma minoria é a favor, uma grande maioria mostra total insatisfação e revolta.
- Um crime...um absurdo... Abortaram nossas árvores da praça de SJCalçado!...Ah...vão plantar novas! Para que? Quando estiverem dando sombra estarão velhas e serão ABORTADAS de novo” – publicou revoltada Kattiany Fonseca, em seu facebook.
Cláudia Vieira Rezende Bullus, postou também em seu facebook sua opinião sobre o ocorrido, e fala da tristeza que deve estar sua sogra vendo essa cena, onde quer que ela esteja.
- Nada é eterno. Recordo-me de um dia que chegamos em Calçado e a dona Verconda estava revoltada com a poda drástica da árvore frondosa em frente à casa da praça onde ela morava. Hoje esta mesma árvore foi cortada. Como ela deve estar triste vendo esta cena. Mas outra árvore será plantada e, daqui a uns anos ficará frondosa, com outras pessoas a admirando. Assim é a vida. – escreveu Cláudia.
Já para Kleber Cousaquivite, mudanças são necessárias para que uma cidade passe a ser vista como “cidade modelo”.
- As grandes cidades para chegar onde chegaram, passaram por várias transformações, hoje elas são cidades modelos para o mundo. Toda mudança é preciso para crescimento em todos os sentidos... – escreveu Kleber, em resposta a uma publicação no facebook.
Como se pode ver, as opiniões são diversas. Para muito não importa se a lei permite o não o corte dessas árvores, mas sim a história que elas ajudaram a construir junto às praças principais da cidade e que foi ignorada pelo atual gestor.
O Biólogo Diego, alertou ainda, que além dessas árvores poderão haver ainda os cortes de duas palmeiras localizadas em frente à Escola Manoel Franco, segundo ele, essas palmeiras estão ocas na parte baixa de seus troncos, correndo risco de cair a qualquer momento causando estragos maiores.
Broinha Notícias